domingo, 30 de outubro de 2011

Uma nova ordem mundial



Uma sociedade que impõe idas e vindas, impõe verdades, gostos, preferências pessoais. Conceitos fechados, regras rígidas, situações que não edificam, funcionam apenas como juízo de valor. Como se a vida se explicasse por meia dúzia de valores morais e nada mais houvesse a acrescentar e a fazer.

A grande questão é: e aqueles que não se encaixam nesses moldes? E aqueles que têm mais a oferecer do que formulazinhas prontas e acabadas? Para construir essa nova ordem mundial é necessário um mergulho muito fundo em si mesmo, um mergulho que talvez não tenha volta. Isto porque é só dentro de nós mesmos é que podemos identificar nossas verdades.

Há que ressaltar que muitas vezes nossas verdades não se coadunam com as verdades impostas pelo outro. Isso significa que é preciso maturidade suficiente para não passar pela vida copiando comportamentos.

Haja vista que a vida é muito mais do que os grandes arremedos, como se esses fossem a única e verdadeira forma de se estabelecer uma relação saudável com o todo. Sim há uma nova ordem mundial e, claro, muitos fecham os seus ouvidos para ela. Não há como se determinar mais que o comportamento X ou Y são o padrão, que tudo o que foge disso escapa a esse padrão e, portanto é tachado de anormal.

A vida hoje pressupõe uma infinidade de arranjos. Difícil adaptar-se? Talvez sim, talvez não. Mas pode ser que a grande dificuldade esteja ancorada na extrema falta de vontade de adaptação com o novo. Predispõe mais jogo de cintura, com certeza. Porque muitas vezes há que se ficar chocado com o que não faz parte de nosso referencial construído através dos anos.

Portanto, a nova ordem é desnudar-se, tirar a camisa da mesmice comportamental e apostar no novo. Isso trará em conseqüência saias justas? Provavelmente, mas trará também uma nova ordem mundial, muito mais significativa.
Margareth Sales

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