segunda-feira, 30 de maio de 2011

A tirania da nota 10


O que significa o 10? Na nota 10 está incutido uma relação semântica, porque tem vários significados psicológicos atrelados ao conceito de tirar 10. Esse conceito tem uma representação tanto no referencial simbólico dos alunos quanto de professores, podendo ser na maior parte das vezes um processo tirano.

Em um primeiro sentido a nota 10 está estritamente ligado à excelência, mas também a perfeição. Será que excelência é sinônimo de perfeição? Não poderia ser porque perfeição pressupõe não errar e quem é que pode não errar? Então, diante disso é a excelência não a perfeição que são fatores conclusivos para atribuir a nota 10 ao aluno.

Como seria então essa excelência? A excelência envolve um conjunto de fatores. Não sendo o excelente sinônimo de perfeição, mas de ser muito bom e o muito bom seria capricho, mas se houver uma palavrinha rasurada? Não é mais capricho? Exatamente nesse ponto desenvolve-se a questão, uma rasura não constitui sinal de falta de capricho, apenas sinal de que não se é perfeito. Nesse sentido, ser muito bom é ter tanto o português falado quanto o escrito de acordo com a norma padrão culta, mas novamente, se troca-se um j por um g, ou outro exemplo qualquer. Ainda assim não é falta de excelência, porque conhecer a língua portuguesa de forma 100% acurada também é perfeição, não conhecemos nada 100%, a ignorância faz parte do devir humano.

Isso significa que não somos, estamos em um permanente vir a ser, e nessa relação filósofica, nosso processo cognitivo também atua dessa forma, ou seja, não existe perfeição, mas excelência. Na continuação então uma resposta excelente privilegia capricho, o uso da norma culta e coerência com o material estudado.

Pontuando que coerência com o material estudado não significa repetir ponto e vírgula do autor base do estudo. Essa educação da “decoreba” é a famosa educação tradicional que na realidade encontra-se tão viva e atuante quanto no tempo de sua formação, ou seja, século passado! A aprendizagem pressupõe parafrasear o autor, nesse caso, como diz Piaget assimilar o conhecimento do autor, acomodá-lo e transformá-lo na sua linguagem, pois o conhecimento agora é seu. Mas há aqueles que ainda privilegiam o conhecimento como um recorte do livro didático que se usa, esse professor vai dar 10 ao se fazer um Ctrl+C, Ctrl+V da questão e eu afirmo: esse professor está equivocado.

Agora e o 10 na visão do aluno, o que seria? Geralmente, o 10 é expressão na maior parte das vezes, para o aluno de uma neurose onde é preciso ser perfeito, onde o 10 significa que o massacre emocional-cognitivo que ele passa para apreender foi validado com a tão sonhada nota. Haja vista, que a educação nos moldes que se apresenta, muitas vezes ainda tradicional é um massacre emocional-cognitivo pois nunca privilegia o tempo da alteridade aprender, mas é necessário entender aquele assunto mesmo que não seja o momento do aluno ainda compreendê-lo. Perceba que todo o conhecimento é importante, dizer que aprender física, matemática ou química não serve para nada, principalmente para algumas áreas como Humanas é uma falácia. Precisamos ser interdisciplinar, conhecimento não ocupa lugar, todo conhecimento é importante, mas não aprendemos porque é preciso, aprendemos porque chegou a hora de aprendermos, isso significa que aprendemos no momento certo.

Às vezes, esse aluno que espera por um 10 está refletindo apenas o desejo dos próprios pais que para apresentar em sociedade um filho especial, o que pressupõe ter orgulho apenas quando aquele filho lhe dá. Essa atitude reverte a verdadeira posição dos pais, amar o filho acima de tudo. Assim, o 10 se torna tirano porque é expressão de um vazio emocional no qual ao amor atribui-se a perfeição, para ser amado o filho precisa ser perfeito.

Nesse sentido, se ao 10 é atribuído apenas a excelência então esse conceito poderá ser mais justo, porque lido, refletido, correlacionando o assunto a outras leituras, então, sim se é digno do 10, do contrário talvez não. Porém, nesse caso outro fator se faz questionável, de verdade não é a nota atribuída por alguém que têm o poder de definição pessoal e isso é óbvio. Mas não há coerência humana que admita a disparidade entre o potencial que o aluno sabe que têm, o quanto ele se dedicou, as inferências que fez no assunto, a capacidade ampliada porque estudou e levou o assunto para outros meios sociais, correlacionando-o. Especificamente esse aluno por mais que saiba que a nota não diz quem ele é, muito menos que representa que ele é “mais amado”, porém humanamente é doloroso ver todo o seu esforço desvalorizado.

Mas esse aluno que não admite conscientemente a disparidade entre o conhecimento e a nota atribuída, também sabe que não sendo perfeito, mas amante da excelência se a sua nota não for 10 não há motivos para dores, contanto que a nota não seja medíocre.

Finalizando, busca-se o 10 como aluno mas a maturidade pressupõe não sentir-se ofendido se o 10 não vier. Na outra ponta da questão aqui desenvolvida é preciso ter ciência de que o papel do professor como sinônimo de autoridade para quantificar o aluno precisa ser sempre repensado e com consciência de que o máximo possível deverá atribuir a nota à excelência, nunca à perfeição pois essa não existe!
Margareth Sales

sábado, 28 de maio de 2011

Quando uma mulher ama um homem


O subtítulo poderia se chamar o que quer uma mulher. Na realidade nessa busca histórica por um companheiro queremos uma resposta quase como uma fórmula mágica. A fórmula mágica se encontra ligada ao fato de que se quer resposta o mais rápido possível para que se consiga o objeto do desejo. Então, não é uma fórmula mágica, mas vamos a algumas características para reconhecer quando uma mulher ama um homem.

É comum dizer que a mulher vive em um mundo emocional e como tal sua sobrecarga psíquica é maior, nesse sentido o homem que quer ser objeto de amor de uma mulher precisa conter-lhe. Ou seja, fazer com que ela se sinta segura e aconchegada nos braços desse homem, esse corpo precisa ser para ela um abrigo, por isso a máxima de que dormir de conchinha é uma situação de reconforto feminino.

A mulher ama um homem quando mesmo depois de um tempo de distância ele resolveu fazer por ela aquilo que às vezes está acima de suas possibilidades ou ela consegue mas é um fardo. Então quando esse homem vendo quando ela vai trabalhar no que considera fardo, tira das mãos dela e diz para deixar com ele, tirando o fardo que não lhe pertence seu olho brilha, seu coração pulsa. Entenda que aqui não está dito que mulheres não conseguem funcionar da mesma forma que um homem, mas ela não é um homem e gosta sim da feminilidade que é melhor desenvolvida quando ela não resolve tudo.

Principalmente, a mulher ama um homem quando ele durante o sexo demonstra que ela é tudo para ele, talvez aqui seja o maior segredo. Perceba que não é todo homem que irá conseguir isso, até porque a mulher não será tudo para todo homem, mas é nesse momento que entra a tão falada química. Essa química é, exatamente, quando o desejo dele é tão forte por ela e precisa ser realmente forte. Haja vista, que só o fato dela ser uma mulher já significa que qualquer homem terá esse desejo forte, mas é mais que isso.

Esse forte desejo, forte atração é visto quando esse homem consegue conter e esse conter envolve o desejo que ela tem de se ver abraçada por ele. Nesse abraço ela precisa se sentir segura, localizada, ou seja, sentir-se no lugar certo, na hora certa, ocorrendo o sentimento de pertencimento, ancoragem. Ela sente-se desejada como se nada e ninguém mais houvesse, como barreira mesmo corporal que serve de abrigo contra as intempéries. Um sentimento de compreensão, de inclusão de forma que possa deter não todas as dores, mas principalmente a da solidão que é trocada pelo amor. E quando necessário usar essa força do amor para conter as dores que advirão no caminhar...
Margareth Sales 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Desabafo de uma estudante universitária

Então educação virou o foco de notícias nesses últimos dois meses e é nesse contexto que verdadeiramente abro espaço no meu próprio blog não para fazer literatura, mas para desabafar, colocar toda a minha angústia e dores para fora. 

Usando o exemplo da professora Amanda Gurgel e não pretendendo de forma nenhuma ser ela e nem comparar a angústia de um estudante universitário, em Pedagogia, com o verdadeiro descalabro que realmente a educação se encontra. Mas usando o seu momento para falar sobre o meu como forma de “lavar a alma”, de realizar um momento catártico!

Ouço Roupa Nova no show 30 anos junto com Milton Nascimento cantando Nos bailes da Vida, me lembra de mim, do meu processo artístico e, principalmente, pessoal e agora de minha formação como educadora. Vivo esse momento como baile da minha vida e o canto “com a roupa encharcada e a alma repleta de chão”. E isso significa que me realizo em sala de aula, mesmo sendo fundamentalmente escritora, mas não sou só isso, sou educadora. Como educadora, com Milton Nascimento, com seu Coração de Estudante, a MPB, a minha escrita faço também meu palco artístico e amo esse espaço.

Por isso, estou aqui com essa alma repleta de chão, gritando, agora com meu coração de estudante, escrevendo a minha dor, compartilhando para descobrir se essa é só minha ou posso compartilhar com meus amigos de estrada, os estudantes. Como estudante minha labuta, minha busca diária se chama nota, é essa que me qualifica e é exatamente o ponto mais questionado, mais discutido em toda a Pedagogia.

Não importa se meu conhecimento é sedimentado, não importa se inferi, entendi, mais do que isso, não importa se fui além desse conhecimento. Não importa se ao estudar Ciências Naturais na Educação 2, se depois de anos, finalmente entendi todo o processo da fotossíntese, haja vistas que é difícil apreender como uma molécula de glicose (C6H12O6) se forma, seus meandros. E o material didático da minha faculdade tem muito bem explicado como é feito. Mas não importa, você tem um material bom e é te cobrado a mediocridade, está lá o gabarito, formado em palavras e setas para exemplificar o ciclo do nitrogênio, água e caborno.

Ou então, você estuda, infere, risca busca referências em outros teóricos, mas sua questão se encontra errada, exatamente: ERRADA, ainda que a pedagogia já não se baseie em juízo de valor, mas em construtivismo. Errada porque o autor disse que adolescentes gostam de carnaval, hip hop e religiões afro-descedentes. Sinceramente, não conheço um adolescente que goste do que foi citado, talvez exceto o hip hop, mas na realidade vejo mais é gostar de funk e também de mpb e rock. Mas mesmo que a realidade não seja isso, a questão foi verdadeiro e falso e eu “deveria” ter lembrado que no texto estava escrito isso... Mas não, eu lembrei dos pontos mais importantes como a educação se faz por meio da realidade dos alunos, o hip hop, porém não serviu e fiquei com 6,6 apesar do conhecimento do assunto.

É, estou terminando, em junho de 2012 já posso me chamar Pedagoga, mas estou terminando desanimada, acorrentada, sem voz, com um sapo enorme que me desce a goela. Estou terminando ressentida, estou terminando traumatizada, pesado? Estou exagerando? Sou a única? Será? Meu conhecimento não está valendo nada, tudo o que estudo, tudo o que aprendo, já na graduação vê-se que não se coaduna com aquele que detêm o poder da caneta vermelha, ou para dizer que é diferente, atualmente corrigi de lápis mesmo!

E para calar a minha boca, quando reivindico de forma mais incisiva ainda ouço: “mas eles têm mestrado”! Quer dizer, que o mestrado virou sinônimo de Deus, porque se a premissa for verdadeira, esperem... Pretendo chegar ao doutorado, e segundo a assertiva, não terei mais erro, estarei acima do bem e do mal. Volto então a Milton Nascimento, agora com coração de estudante: “Já podaram seus momentos. Desviaram seu destino”. Me sinto assim, vitimada por aqueles que possuem esse mestrado e que na realidade em nenhum momento vi falando algo diferente de mim, que estou me graduando pela primeira vez. Claro, que possuem a grande capacidade, tão bem pontuada por Vigotski de mediar, ou seja, levam-me pelas veredas do conhecimento, apontam referenciais que contribuem para solidificar ainda mais meu conhecimento. Mas não são deuses, nunca!

Minha estima acadêmica está um “bagaço”, enquanto ouço Roupa Nova, revisito Milton Nascimento em uma segunda-feira, minha vontade não é só colocar o pé na estrada. Mas cair na noitada de uma boate e dançar até esquecer qualquer conhecimento acadêmico, não para sempre, mas como diz o AA, só por hoje. Hoje que estou moída, doída, que compartilho das palavras de Reich em seu livro Escute Zé-Ninguém!

Quero aproveitar que meus sobrinhos estão aqui e jogar Super Nintendo, PlayStation 2 e pular em cima de bichinhos coloridinhos como catarse emocional. Isso porque como diz o Paralamas do Sucesso: “Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu”. Trocando a linguagem da música para a da Pedagogia não privilegiaram o conhecimento mas a “decoreba”, pois quando sou obrigada a lembrar que no texto de determinado pensador que afirma que adolescentes gostam de carnaval, para mim é “decoreba” porque a realidade me mostra outra situação.

Como diz os vendedores ambulantes que entram no seu ônibus: “Eu poderia estar estudando, mas estou incomodando o silêncio da tarde de vocês para desabafar”. Minhas notas caíram, cheguei a supor questões cognitivas, ontem li quatro capítulos de Freud: As sutilezas do ato falho, o mecanismo psíquico do esquecimento, lapsos de escrita e lapsos de leitura. Porque a mim é atribuída a responsabilidade de tirar 5,3, 5,5 e 6,6 em três matérias, ao estudante é atribuído a falha e como vivo em uma sociedade, segundo Freud chama de Mal Estar na Civilização, onde a culpa é a “bola da vez”, normalmente acabo por imaginar o que está acontecendo comigo?

O que está acontecendo comigo? Com 40 anos estou traumatizada, com 40 anos acredito que a educação é reprodução ideológica como aponta Althusser, com 40 anos acredito que sou oprimida, como afirma Paulo Freire. Com 40 anos chego a tramar meu plano de vingança de deixar de ser oprimida e maquiavelicamente ser opressora, pois pretendo chegar ao doutorado... Estão ouvindo? Risadas maquiavélicas.

Sinceramente, não é isso que quero, quero que a Amanda Gurgel seja referencial como está sendo... Quero que a educação mude, quero que a bandeira EAD não seja marca de oposição ao estudo presencial, muito menos que a exemplo da fala do Miguel Fallabela, se encontre apenas os restos de giz em uma escavação arqueológica. Desejo que o meu pão nos bailes da vida por onde passar seja conseguido através do ensino da arte, arte lida, arte ouvida, arte vista. A educação precisa ser formadora, construtora e não fragmentadora do sujeito, não é para duvidarmos de que estamos aprendendo. Ao homem é dado o conhecimento, ele sempre vai aprender, formal ou informalmente.

Como diz o Roupa Nova que continuo ouvindo: “A alma advinha o preço que cobram da gente”. Que preço é esse? É o preço de minha sanidade mental que chegou ao ponto de pular questões na prova, imprimir trabalho com páginas faltando, escrever de mim como se fosse do gênero masculino por astenia intelectual ou uma forma de mensagem inconsciente de que não corroboro a imposição dominante daqueles que nos atribuem a nota? É o meu ego que está sendo esfacelado ou minha capacidade cognitiva que está aquém do que a academia exige? Pensem nisso, talvez no meu desabafo à linha de Reich no livro Escute Zé-Ninguém há mais de acadêmico do que se possa supor...
Margareth Sales

domingo, 22 de maio de 2011

Sobre o conceito que namorar um amigo estraga a amizade


Vamos ser bastante sinceros: de onde as pessoas tiram esses conceitos? Sério, nunca vi um relacionamento, nunca mesmo, entre amigos que tenha estragado a amizade. Muito pelo contrário, os melhores namorados sempre vieram do seio da amizade.
 
Mas talvez possa concordar com a assertiva quando há uma paixão mal direcionada, ou seja, um dos lados se interessa. Informa o interesse, o outro lado por pura piedade e para manter a amizade diz que guardou a informação com carinho. A pessoa movida por esses sentimentos novos acaba por fantasiar que a premissa anterior é um sinal vermelho e começa a investir.     Usando de um conceito bastante conhecido: “toda mulher gosta de ser conquistada” acaba “metendo os pés pelas mãos”. Pensando que o sinal pode mudar de cor. E nesse caso forçam uma situação na qual a outra pessoa está estremamente desconfortável. Por que privilegia a amizade não querendo perdê-la, mas em nenhum momento tem nenhuma intenção amorosa.
 
Então pode-se afirmar que querer namorar um amigo estraga a amizade, mas perceba é o querer que está ocorrendo somente de um lado e não se coaduna com o querer do outro lado. Obviamente, a amizade virou um navio furado onde os tripulantes tentam o mais que podem impedir a água de submergir essa embarcação. No entanto, se a insistência, diga-se de passagem nada romântica e na realidade sufocante continuar, com certeza, a tripulação que ainda resta abandonará o navio.
 
Vamos à quando namorar com o amigo não estraga a amizade. Bem, amizade é terreno propício para surgimento de um grande amor e não é só os famosos filmes do genêro que demonstram isso, a realidade também. Quando de repente se descobre que para além da grande amizade nutrida e desenvolvida durante os anos apareceu um componente sexual, um desejo de ter aquela pessoa nos braços, abraçá-la, descobrir o gosto de seu beijo. Esse sentimento, recíproco por sinal, nunca estragará a amizade vai transformá-la de um padrão a um outro.
 
Entretanto, não é somente de juras de amor eterno que uma amizade pula de um patamar para outro. Temos o que no Brasil se chama de amizade colorida (aliás acredito que o termo é pejorativo para uma situação que também é bonita) ou amizade com benefícios conforme se fala nos seriados e filmes.
 
A amizade que além do grande sentimento de reciprocidade também desenvolve um envolvimento sexual nada tem de absurdo. Afinal, são duas pessoas adultas que se gostam, tem atração uma pela outra mas que não desejam passar o resto de seus dias com aquela pessoa porque lhes falta os componentes necessários para se tornarem um casal. Talvez até tenha esse amor, mas ainda assim são melhores como amigos do que como casal, amante no caso até já são. Na realidade, entra um princípio de maturidade onde não se compra o valor cultural da sociedade vigente, isto é, felicidade é sempre igual a casamento, não se pode ser feliz sozinha.
 
Sabendo-se que esse sozinha predispõe não exibir a tiracolo a pessoa que gosta de trocar salivas e outras coisinhas com você. Porque obviamente muito poucas pessoas são felizes sozinhas, só que sozinho é, realmente, sozinho, sem amigos, sem colegas de trabalho, sem família. Vivemos hoje numa sociedade diferente, não é porque nem todos se predispõe a “lavar cuecas” que são necessariamente sozinhas. Digo sempre: não ter namorado não significa necessariamente que não se namore!
 
Finalizando, use a massa cinzenta que possui para identificar se existe reciprocidade do outro lado. Se não existe, não acredite que o seu grande amor, suas investidas irão fazer com que a outra pessoa mude de ideia. O perigo dessas investidas supostamente românticas é o tiro sair pela culatra, nesse caso, ao invés de admiração cria-se aversão, fazendo com que a outra pessoa se sinta perseguida. Uma dica básica para descobrir, pergunte: existe atração sexual entre nós? Ou, você acha viável que poderia existir atração sexual? Se a resposta foi que ela sonhou que estava dançando com o tio como um simbolismo a você, desista! Não há nenhuma atração e insistir fará você perder a amizade, mas você decide: pretende perder a amizade em função de um capricho ou vai respeitar a amizade porque respeita o outro em sua escolhas? Decida essa é a hora!
Margareth Sales