quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sobre o suicídio

Talvez esse seja um dos temas mais polêmicos escritos até agora nesse blog, mas meio que fui levada a comentar sobre isso, em função de uma semana confusa e o término com dois filmes maravilhosos que pontuam bem o assunto...
Bem, não falarei dos filmes, mas dessa concepção e de quem são essas pessoas chamadas suicídas? Loucos? De todas as minhas leituras e experiências empíricas, posso dizer de início que o suícida foi uma criança com um ego não desvinculado da mãe e provavelmente, essa mãe também seria suicida. Essa mãe pelo medo nutrido de perda de tudo e qualquer coisa que a cercava fez do filho o próprio pênis (isso Freud fala). Futuramente, essa mesma mãe passa a destruir todas as possibilidades que esse filho tem de cortar o cordão umbilical e diante disso, mina qualquer estrutura emocional, qualquer sentimento de capacidade que difira um pouco do próprio ato de fazer da mãe tudo...
São mães que usam recursos dialógicos do tipo: “mas eu faço tudo por você”; “você sabe que não sobreveveria sem a minha ajuda”. Bem, o suicida não é uma pessoa com um problema comum... O suicída é uma pessoa extremamente transtornada e reflexo de cobranças que fazem em cima de sua pessoa. Imaginem que essa pessoa que é tão mal vista na sociedade na realidade nunca quis se matar, praticamente ele é levado ao ato... Imagine essa mesma mãe no desenvolver dessa criança, dizendo, exatamente, tudo o que essa criança deve, deveria ou pode fazer.
A onipotência de tal criatura é tamanha que ela sempre sabe o melhor para o filho, então, ela vai escolher a roupa do filho, a namorada do filho, o emprego do filho, os momentos de lazer do filho - e aí me refiro ao filho de 40 onde a mãe ainda decide que ócio não é criativo e que produção constante é só o que deva ser.... Doenças? Apenas desculpas, para o preguiçoso do filho... E olha que o suicida de 40 já venceu grande parte da vida, porque o meu vizinho suicidou-se com uns 25 anos, jogando-se de cima de um prédio na direção dos fios de alta tensão...
Nenhum ser humano é capaz de suportar ininterruptamente uma pessoa que fala todos os dias, sem parar um minuto sequer como você deve ser comportar, como você deve agir, com que pé você deve levantar da cama... E sobre a sua incompetência, o quanto você é incapaz de seguir ou de gerir a própria vida...
Desculpe falar, se eu tivesse uma mãe dessa, esse blog não seria feito, eu realmente já tinha optado pela morte... Mas saindo das piadinhas... O suícidio é a dissociação completa do ego, este se torna fragmentado, não há mais segurança em lugar nenhum, a alegria foi embora, o suicida não sente mais paz e perdeu a esperança, não há mais o que o faça ficar.
Aí entram outras dores... A do suicida já é bem conhecida, suicida cristão luta contra o maior poder do universo, o Deus e o de Sua determinação, não quero estar na pele de uma pessoa que foi tão corajosa ao ponto de desafiar o próprio Deus, talvez errada mesmo, tenho quase certeza que errada e o suicída deve ter também, mas não havia nada a ser feito!
Ao mesmo tempo que uma atitude corajosa, uma atitude covarde sem dúvida, então o suicida é a representação da própria antagonia. E não precisamos enumerar porque suicidar-se é covarde, começa pelo fato de não ter coragem de encarar a própria vida (mas você tem coragem de cobrar esse jargão do suicída, eu não! Prefiro mil vezes tentar me solidariezar à sua dor) e termina com o egoísmo de ferir todo o seu círculo de pessoas significativas.
Se o suícida vai sentir mais dor do que aqueles que ficam, não sabemos, só sabemos que fomos treinados a raciocinar e não questionar que lugar de suicida é no fogo do inferno... E aí entra mais uma vez a coragem do suicida em tentar acreditar que não existe mais inferno do que o que ele já vive...
Quero finalizar, com a maior dor do suicídio que é a dor de quem fica... Começando por aqueles que amaram a pessoa e se sentem os piores de toda a espécie humana porque logo se perguntam: “meu amor não foi suficiente?”, sentimento totalmente incapacitante...
Depois vem os amigos do suicída que em função do impacto vão apresentar um medo substancial de envolvimento com novas pessoas, alguns até mesmo dirão que não querem mais amigos!
Por último os que souberam, vizinhos, notícia de jornal, entre outras possibilidades, esses se questionam sobre a inutilidade da vida, porque terminar assim... E é muito difícil questionar sobre a inutilidade da vida, quando já é inútil pagar o absurdo de impostos que pagamos, o risco que corremos nas ruas entre tantos outros absurdos da raça humana...
Minha única mensagem final: amem, amem os amigos, amem as famílias, amem a natureza, amem a Deus sobre todas as coisas para que não sejamos surpreendidos por esse tipo de dor, mas para que saibamos distribuir alegria, mas do que tudo a alegria de viver!

Margareth Sales

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Antropologia de uma noitada de Carnaval

A noite possui essa capacidade de revelar a insanidade das pessoas... A noite de Carnaval muito mais... Pois se de médico e louco todos temos um pouco, as noitadas da vida despertam não o médico, mas o louco, esse que aprendeu, me pergunto onde e com quem? Que a melhor felicidade da vida é chapar!
Para mim mais parece um anestésico sobre a política do Lula, o preço que a Ampla cobra pela conta de luz, a eterna dúvida entre ter um ar-condicionado e não poder usá-lo, porque a luz vai a pico, entre tantas outras mazelas que esse povo, onde o comercial enaltece que somos brasileiros não desistimos nunca, padece...
Na minha concepção sair de horas de trabalho pesado, para um happy hour onde podemos chapar não é sinal de força, mas que ALGUÉM já desistiu há muito tempo...
Aí, finalmente, chega aquela semana que todos os brasileiros passam quase 365 dias esperando: a semana do Carnaval, e que semana agitada, onde todos ficam tão felizes... Será? Bem, pelo menos há 39 anos eu vejo malas passando, pedidos de colchonete emprestado e aquele sorriso orelha a orelha, onde se diz: “a semana mais feliz da minha vida chegou, finalmente, uffa!”
Será que é assim mesmo? Ou será que mais uma vez compramos mais um pacote pronto do nosso famoso capitalismo selvagem? Sim, depois que todos chegam posso dizer que as notícias das maravilhas que aconteceram nesse Carnaval excederam a qualquer sensor de felicidade. O engraçado? Todo ano excede... Qual é desse sensor? Fico com uma cara meio desconfiada para ele, porque o ser humano não é um bichinho domável que aceita a mesmice com facilidade, nosso coração pulsa pelo desejo, segundo a filosofia, e este desejo sempre se encontra um patamar acima de onde estamos. E diante de tudo o que me contam e de como foi esse tão “maravilhoso” Carnaval, me parece apenas a repetição do Carnaval passado... Ou melhor, parece alguém repetindo pela 37.689 vez que “é praver e não para comer” e todos caindo na gargalhada, pela 37.689 vez. Estão me vendendo gato por lebre?
Meus neurônios se põe a pensar agora sobre essa motivação tão intensa para com o Carnaval. Acontece assim: na primeira parte desse processo, se encontra a preparação, para alguns começa às 19, 18h, para outros às 22, 23 horas. Atualmente, é mais geral o horário mais tarde. Depois da preparação vem a apreensão: será que hoje vou me dar bem? Esse é o Carnaval dos solteiros, o dos acompanhados beira a música, atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu?! Ops! Será que estou morta, na realidade fantasiada de noiva cadáver até me sinto com esse joelho suturado e seus 19 pontos, mas... voltemos a crônica.
Depois da preparação e da apreensão cai-se no mundo, são saltos altos ou baixos, de acordo com o estilo, vestidos sexys ou shorts sexys, carnaval combina mais com shorts e decotes. Excesso de maquiagem, chaves de carro balançando e o poder de ser um cavalheiro e bancar a noite da dama. Não estou me referindo as excessões e sim as regras, aí há uma infinidade de variações que ficam por conta da contingência humana.
Chega a noite e, tudo preparado para chapar, ou seja, ficar doidão, chegou o momento da onda, do barato, na época da minha mãe o barato envolvia lança perfume, hoje tem um montão de outras substâncias para se entorpecer uma noite que diz-se ser sinônimo de alegria. É um tipo de vida, e é o tipo de vida da maioria, o que pressupõe que você não fazendo parte da maioria é dissidente ou mané?!
Bem, no momento me sinto a menos manés das manés, bem conformada com o fato de que levei um tombo, meu joelho abriu, não quebrou nada, mas tenho dezenove pontos e um joelho que não pode se dobrar, pelo menos nos próximos 10 dias, senão os pontos estouram... E mesmo assim, não sinto nem um pouco a falta da agitação do Carnaval, disse via msn que iria aproveitar para estudar, ler, a contra-resposta: “ainda bem q vc curte fazer isso né”, tenho para mim que o tom foi... PERDORA! Fiquei passada, mas é natural, estou acostumada a ficar passada com o que as pessoas consideram, em outras palavras, EM QUE as pessoas investem...
Sou questionadora, adoto uma posição crítica em cima desse mundo embrulhado em papel celofone que te vendem, dar não! Nada aqui é de graça, tudo tem um preço! Como o ser humano consegue sobreviver ou mesmo viver com tanta degradação, com tamanha capacidade de se vender ou de comprar qualquer coisa, qualquer um, sem questionamentos. Alguém fez muito mal a humanidade e uma coisa garanto, não foi Deus!
Quem são essas pessoas que vemos à noite no Carnaval? Quem são essas pessoas que NUNCA poderiam se ver suturadas em pleno Carnaval e destituídas do poder de colocar um salto (para as mulheres), chapar (geralmente para os homens), não pegar ninguém no Carnaval? Quem são esse seres que vagam a procura do melhor bar, do melhor Carnaval, seja ele na Sapucaí, em Arraial do Cabo, Cabo Frio ou Saquarema, ou também do melhor encontro, para alguns só o amasso, para outros uma noite digna do Kama Sutra? Como se diz a música o que se espera de um sabádo à noite? Sexo, com ou sem bebida sai-se para encontrar um parceiro sexual em potencial, nada mais, nada menos.
E assim se vive, e assim se compra um pacote pronto de vida e assim se sabe que se você, reles mortal fugir a regra, o Capitalismo com todos os seus desdobramentos vai cair de pau em cima de você! A pergunta mais profunda... Isso tudo gera felicidade? Esse Carnaval que me contam, que foi ao auge da excitação, essa transa gostosa com o cara ou a mina mais gostosa, era realmente o que se buscava, respondeu a todos os anseios e questões dos 15, 18, 25, 30, 45 anos vividos? As relações humanas são bem mais complicadas, a felicidade verdadeira exige muito mais, ela nem sempre é tão fácil assim, e por ser mais difícil e mais reflexiva do que se queira o caminho mais fácil, do tipo Leão da Montanha, Saída pela esquerda, com certeza é entorpecer-se.
Entorpecer é sinônimo de não sentir e isso eu não precisa repetir pois estamos “carecas” de saber... Eu posso resumir o que esse contingente busca no Carnaval ou nas noitadas: encontros, talvez até para aqueles que já tem seus parceiros, porque talvez eles queiram o encontro com um novo emprego, representado por um novo chefe em potencial que este conheceu numa balada da vida, probabilidades? Existem, não vou apresentar números...
Encontros então é a resposta para o ser humano... Encontros é o que se busca, tem gente buscando um encontro espiritual, outros o carnal, há os que buscam um encontro consigo mesmo há anos e nem se deram conta disso... Mas a dura realidade apresenta encontros e desencontros. Como viver apesar de? E a receita é... NÃO HÁ RECEITAS! E fim de papo... Agora, me deixem em paz e não venham me trazer receitinhas prontas de felicidade e nem olhar enviesado porque eu estou curtindo o meu Carnaval vendo DVD, lendo, estudando e escrevendo... E tenho dito!

Margareth Sales

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E não houve outro jeito, era amor!

Não posso dissociar amor de Corintíos 13, especialmente em seu primeiro versículo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine”. Nos dias de hoje, essa falta de musicalidade nos relacionamentos, esses sentimentos parcos e frios que soam apenas como algo em que se bate e não se produz som, nem há vida, é porque o amor vem ao longo dos tempos esfriando. Não é preciso citar aqui as prováveis causas desse tão grande esfriamento, porque não quero falar de causas, quero falar do amor!
Quero falar de amor sólido que contrapõem a liquidez moderna, que se estende para o cuidado com o outro, que se estende para desafiar o outro a viver, novamente, quando esse já nem mais queria. E esse amor sólido existe e se encontra em uma amizade, num relacionamento amoroso ou mesmo na troca com a alteridade, troca genuína essa, troca de vida, de corpos quando se trata do amor eros. E esse é a chave mestra da felicidade é de onde tiramos o alento, é de onde vem a alegria e essa se desdobra em alegria de viver...
Amor assim, infelizmente não se encontra fácil e não se encontra por ai, em qualquer esquina, porque difere da paixão, porque difere do desejo, mas que encontra tudo isso em seu cerne. Eu nunca vi nada igual quando deparei com ele pela primeira vez, porque eu já havia visto tudo separado, já havia visto desejo intenso, sexual ou não, já havia visto admiração, já havia visto apreço, já havia visto companheirismo, mas nunca havia visto tudo isso misturado, tudo isso fortalecido e sacudido no liquidificador da maturidade.
Esse amor não tinha dimensão era maior do que eu mesma, quando o vi pela primeira vez! Muito maior que a minha capacidade de dar amor. Esse amor um dia me tirou o ar, porque foi lá dentro do meu coração, dentro da sede das emoções e mexeu com a dor que existia lá e não só mexeu, sacudiu ela, sacudiu tão forte que ela foi obrigada a sair e quando saiu veio arranhando, veio cortando e despedaçando e parou na garganta e sufocou, pensei que fosse morrer... Mas o amor me levou para perto da janela e a abriu e me ajudou a respirar e me forneceu ar e me deu esperança e opção quando finalizou com O abraço.
As amizades sólidas vieram desse amor que encheu meu tanque e então pude dividir, doar. Essas são aquelas que se tornaram apesar de não seguirem ou, mesmo, burlarem todas as regras, porque não esperam, porque simplesmente, se vêem abatidas por um sentimento tão intenso que não há como refrear e, mais do que isso, contra toda a racionalidade: “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (1Cor:13:7). E como se baseia unicamente no amor, o que excluí a possibilidade de egoísmo, porque o amor não busca os próprios interesses. Talvez este tipo de amizade inicie nos últimos dias do começo de sua vida, cunhei essa frase nesse momento, onde percebe-se que para trás ficam os dias maus e que agora uma nova fase se inicia. Em outras palavras, as amizades sólidas surgem na maturidade. Sabendo-se que existem amigos que nos acompanharam de longas datas, até aqui, para estes, digo, que o despontar da maturidade sela o selo.
Haja vista que crescimentos são feitos com altos e baixos, dissoluções e companheirimos, brigas e retomadas, a diferença entre a verdadeira amizade e aquela que não irá a frente é tênue, pois as duas comportam estas idiossincrasias. A diferença fundamental é que custe o que custar, aconteça o que acontecer... o laço se solidifica e não arrefece! A diferença é que você foge léguas, mas quando percebe está novamente em frente ao amor e quando bate de frente, não consegue e não intenta fugir. A gente chega muito longe para voltar e mesmo que se pudesse voltar não há mais voltas, ficamos enlaçados para sempre, laços de amor.
Então a amizade sólida é constituída com regras de reciprocidade e uma forma madura e profunda de se colocar no lugar do outro. Sendo então, reciprocidade diferente de coação, não há como agir em um estágio infantilizado onde se pede ao outro confiança cega, sem explicações. Essa relação unilateral não se assemelha de modo nenhum com uma amizade sólida, pois impõe no lugar do mútuo acordo. Olhar para o outro também é fundamental e isso requer parar de olhar para o próprio umbigo! Disso deriva respeito mútuo e autonomia.
A verdadeira amizade cura a solidão, não porque está sempre ali, mas porque cria uma certeza tão absoluta dentro de nosso coração que este nos tranquiliza no meio da tempestade. Quem aprende amar a um amigo, a um irmão aprende a amar o futuro companheiro (a).
Esse amor eros vem até você de certa forma quando você está despercebido da vida, quando você está tão atarefado dando conta de mil outras coisas e não enfocando-o que não percebe quando ele chega, se aloja e se faz!
Há muitos anos atrás eu havia feito um pacto com Deus, eu prometi a ele que quando o amor chegasse eu o reconheceria, mesmo que eu viesse de uma família disfuncional, mesmo que no meu passado eu nada tenha aprendido sobre o amor. E Deus sabia que eu não poderia cumprir esse pacto se Ele não me mostrasse essa possibilidade de amor.
Hoje eu sei como é o amor, onde ele está e sei que posso doar esse amor, sei que durante toda a minha vida foi muito difícil querer dar amor, quando não tinha para dá-lo. Mas sei que a partir do momento que o descobri eu quero dividir, não posso escondê-lo, o cheiro dele é forte demais e todos sentem...
Minha vida agora é música e ainda que eu não seja musical, o que eu escrevo é, sonorizado, apaixonado, forte e impactante que confronta e faz pensar. Eu não quero mais nada dessa vida que não esteja envolto em amor, amor pelos amigos, pela arte, pela família, pela pessoa da sua vida...
Eu quero você que me olhou e me viu, por trás das cascas, por trás das falsas intenções... Se você quiser voltar para esse amor, eu vou cuidar desse amor, do nosso amor... Esse sentimento é forte e não pode ser detido e ele brota, surge e não deixa ir, mas não aprisiona, liberta no compartilhar, liberta na troca. Quando eu vi esse sentimento pela primeira vez eu fiquei extasiada, eu vi alguém se dar todo por mim, me prometer superar a própria morte para estar lá quando eu precisasse... Não estou dizendo aqui que esse amor faz voltar da morte, depois da morte não há mais volta, não para AQUI. Mas esse amor desafiou, por mim, a morte e disse que não deixaria essa pegá-lo até que pudesse me entregar sadia para o meu amor eros.
E eu sei que era você e veio até mim, chegou até mim, depois de tudo o que viveu porque buscava o amor e nem sabia que era isso que queria. Eu sei que eu não tinha visto quando você veio até mim pedindo amor, mas logo que me dei conta pude te devolver, eu te derrotei na guerra da vida, quando você se bateu repudiando esse amor, quando você mentiu para os outros e para si mesmo que não tinha importância. Eu sei que eu me vi porque você me olhou e porque você me olhou e eu me vi, você pôde chorar... Depois de muito tempo você pode chorar, você pode liberar o peso que estava sentindo incontáveis anos, porque eu me liberei para te cuidar, mesmo com medo eu me liberei para você.
Eu me defendi de você e você se defendeu de mim, a gente se bateu por isso, mas se rendeu, porque você me buscou durante tantos anos e eu te busquei e a gente se achou, porque o amor não falha, ele simplesmente acontece!


Margareth Sales