domingo, 27 de fevereiro de 2011

Memória Coletiva e a defesa de grupos sociais: o grupo protestante


Memória Coletiva na verdade não é um tema difícil de discorrer, o difícil mesmo, na prática, é que um grupo social não tente excluir a alteridade. A alteridade é aquele que não somos nós, não sabemos como lidar, por isso, provoca estranheza.

Em defesa dessa realidade do outro, no caso aqui representado dos grupos, surge a memória coletiva. Então, primeiro é preciso estabelecer o que é memória coletiva. Memória coletiva é, segundo Santiago (2010, p.36): “[...] o que é comum a um grupo e, portanto, aquilo que o diferencia dos demais. [...] Por isso, a memória é o suporte fundamental da identidade”.
 
Nesse viés, aqui faço um recorte espacial para falar de um grupo específico: os evangélicos. Principalmente porque um grupo social importante em nossos dias, polêmico, mas significativo. Ainda que outros grupos o venham a destituir de sua função principal, representar um grupo, venho de forma científica estabelecer a sua importância.
 
Então, mesmo a contra-vontade de diversos grupos sociais, entre eles até o próprio grupo protestante, também não se faz necessário temer um outro grupo: a ciência. É preciso entender que quando eu escrevo como base de fundo um texto científico, mas que fala nas linhas principais sobre religião, não significa que uma exclui a outra, mas que aliando-se uma a outra tem-se a ampliação do conhecimento.
 
No filme Lutero o padre mentor do fundador do protestantismo disse que queria que ele reformasse a igreja, não a dividisse. No passado, foi necessário, historicamente, que se dividisse catolicismo e protestantismo, no contexto pós-moderno não é mais necessário. Hoje a igreja evangélica é formadora de identidade e como tal é preciso ser preservada. Nesse contexto, tem-se uma identidade musical com louvores, músicos, cantores (as) que são reconhecidos em todos os contextos sociais, mesmo os daqueles que pregam outra identidade religiosa.
 
Como dissidente da religião em pauta, sei que dentro do contexto protestante seria execrada, por que sei que faz parte da cultura ser contra o ecumenismo. No sentido não de se abraçar uma mesma fé cristã, mas no sentido de intolerância bíblica com quem serve a outros deuses. Não faz parte do escopo dessa pesquisa discorrer sobre outros deuses. Mas sim, em um sentido científico preservar a noção de pertencimento humano ao se pautar em grupos sociais, aqui o protestante.
 
Haja vista, então que como sujeito cognoscente, imerso em uma realidade social e atuante em grupos que mais se assemelham a forma como vejo e reajo ao mundo, sou predisposta a ter um carinho muito especial por esse grupo. Sim, sou tolerante com todas as outras formas de religiosidade, não significando que me agradam, mas que como parte da memória coletiva e a identidade individual da alteridade é preciso, também, preservá-los.
 
Mas por que defender o grupo protestante? Será que eles precisam de defesa? Como grupo histórico respondo que sim, porque dentro do próprio grupo mesmo há uma guerra e, é notório, dentro do raciocínio estrategista que se internamente se desenvolve uma guerra, o grupo não subsiste. Então, essa guerra velada dentro do grupo se intensifica quando não há espaço para diversidade e toda a diversidade, quando não excluída, é mal vista. Há a intenção de formação de um grupo coeso no que tange a reprodução do todo.
 
Se a igreja continuar só permitindo ou reproduzindo acéfalos em seu meio, será uma grande perda de um patrimônio cultural significativo, fundado por Lutero. Sabemos que a premissa de defender Deus é falsa, porque se Ele é Deus não precisa de defesa. Mas é o grupo que O defende ao reproduzir uma ideologia, um discurso. O que não percebem é que essa defesa ao invés de conservar e manter vivo o passado, poderá estar destituindo-o. Existe um número significativo de pessoas que tem sua noção de pertencimento pautada no espaço evangélico cristão. Por isso, é necessário uma coesão interna e defesa de suas fronteiras.
 
Mas isso não precisa se fazer às custas da diferença de pensamentos. Se o que mantém unido o grupo é a crença em um Cristo morto e ressurreto que se preserve essa crença e abra espaço para a divergência dos pensamentos, com naturalidade.
 
Segundo Santiago (2010, p.40) é preciso: “[...] impedir que a história das identidades se sobreponha à história da Humanidade”. Ou seja, não é de egos que se fala quando se pretende preservar a identidade do grupo protestante, mas de grupos sociais, não importando as pessoas realmente significativas que lhe atribuirá relevância.  Nesse caso, o que importa é que permaneça durante o tempo que a História existir o grupo protestante, para que aqueles que se encontram sufocados pelo dia-a-dia possam ter um local para ir, chorar, louvar ao Deus que crêem.

BIBLIOGRAFIA


SANTIAGO, Ana Maria. História na educação 1. v.1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010.

LUTERO, o filme. Título original: Luther. Duração: 112 minutos (1 hora e 52 minutos). Gênero: Drama. Direção: Eric Till. Ano: 2003.   País de origem: ALEMANHA / EUA. Com Joseph Fiennes (Martim Lutero) e Alfred Molina (Johann Tetzel).
Roteiro: Bart Gavigan E Camille Thomasson
Estúdio: NFP Teleart / Eikon Film / Thrivent Financial For Lutherans
Distribuição: CasaBlanca
Margareth Sales

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A verdadeira face por trás da máscara da bondade


Não é novidade saber que os abusos velados são muitas vezes mais nocivos do que os que se mostram. Mas por quê? Vamos partir para o imaginário popular, o conto de fadas, para demonstrar essa verdade. Então, em nosso conto de fadas temos duas bruxas, uma delas tem cara e jeito de bruxa, amaldiçoa tudo, é má notoriamente. A outra é uma bruxa bonita, fingi-se de fada e parece tratar muito bem a princesa sob seus cuidados.

Bom, obviamente, o castigo recairá muito mais rápido sobre a primeira bruxa, porque qualquer um que ver-lhe as maldades vai tentar deter-lhe. Mas a segunda ficará impune até que a verdade velada venha à tona. E qual a probabilidade disso acontecer? Já que a verdade está velada e pretende continuar assim? Muito improvável.

Bem, é sobre essa verdade velada que quero falar, sobre a falsa bondade, acobertando um comportamento destoante e desagregador. Os que se escondem sob a máscara de bonzinhos apresentam algumas características gerais.

Como exemplo, temos o suposto bom samaritano que sabendo onde a ferida se encontra mais aberta vai lá e mete o dedo, arregaçando-a mais. Ou seja, se o seu problema é ficar gorda tal pessoa dirá: “Mas você é linda!” Não adiantou... O mal já estava feito, a palavra jogada para te derrubar já tinha balançado, destruído qualquer estrutura psíquica de auto-estima. O dano foi feito, reagrupar-se, então, consome mais energias emocionais e como se foi atingido certeiro, as energias saudáveis não foram usadas para acreditar na pressuposição de que você seja bonita, apesar de gordinha. As energias saudáveis foram todas para um mesmo foco: lhe dar forças para que você, fisicamente, não caísse ali mesmo, em frente ao seu algoz.

Na rotina básica do dia-a-dia como essa pessoa se comporta e quais poderiam ser os sinais de que toda a bondade é só uma máscara social. Então, vamos a mais exemplos: a pessoa é baixinha e com aquela linda carinha da Madre Tereza de Calcutá, diz: “Não queria te incomodar, não sou de incomodar os outros, por isso não te chamei para pegar as louças no armário alto”. Olha! Que santa bondade, né? Não incomodar o outro, claro! Exceto o fato de que para pegar a mesma louça você realmente não foi incomodado... Mas em compensação... A louça foi tirada do local mais alto da casa com a cadeira mais PERIGOSA! Claro quebrar a bacia, o fêmur, morrer não é incômodo algum comparado a grande chateação de tirar umas louças do local... Raciocínio esplendidamente, fechado na lógica... DO ABSURDO, claro!

Um outro exemplo é sempre que você faz algo bom, isso é imediatamente transformado em ruim. Na realidade, sempre, pode-se distorcer situações e transformá-las em experiências ruins. Vamos supor que essa pessoa chore e corra. O que fazer? Se resolve ir atrás dela para consolá-la você está errado porque não deu-lhe espaço. Se não foi atrás dela também estará errado porque não se importou com seus sentimentos e isso é feio, né?
O que fica notório não é o que se faz. Não há posições socialmente “aceitas” que são as que devem ser usadas para lidar com essa pessoa. Não há o que fazer... Como dito anteriormente: se você fez, está errado, se não fez também está! 

Nada que venha de você será bem aceito por aquela pessoa ou nada que venha de qualquer um, será bem aceito. Afinal de contas, ela é uma pessoa boa, o resto da humanidade, claro, não presta! E ai daqueles que tentam responder satisfatoriamente ao que essa pessoa deseja...

Isso porque toda vez que você se aprimora e tenta dar o melhor de si o referencial dela já mudou e sobe uns dois degraus quando não, mais! Entenda: não há como se agradar alguém que não quer ser agradada e não é difícil perceber quem são essas pessoas, mas reconheço para os que foram criados sob essa áurea de “eu sou o modelo de perfeição e você um reles coitado” é realmente muito difícil... A condição de indignidade que a pessoa foi moldada pelo abuso velado deixa qualquer um desprotegido dos maus que se disfarçam em bons!

Fechando o raciocínio... Não creio que se consiga viver com pessoas desse gabarito, mas elas estão aí, são nossas vizinhas, mãe de nossos amigos, talvez nossos professores e tantas outras pessoas. Se for uma pessoa distante: melhor! Tente conviver o mínimo possível e siga em frente. E para aquelas que não podemos nos afastar... Bem, vou afirmar uma coisa, podemos sempre nos colocar distante dos que nos fazem mal, esse é um dos primórdios da maturidade, se ainda não estamos afastados é porque ainda há não foi solidificado nosso amadurecimento.
Margareth Sales

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vestígios do passado


Saímos de misticismo e entramos há muito tempo atrás no pensamento filosófico-científico. Isso para que os fenômenos de processos naturais fossem explicados de uma maneira mais embasada no conhecimento da verdade e no racionalismo.

Mas mesmo assim, mesmo depois de todo os séculos de conhecimento ainda somos atormentados por fantasmas. E como poderíamos nos livrar desse vestigio do passado? Porque um único erro que cometemos é imputado como conduta desviante e prova por vezes, inquestionável, de que toda causa produz um efeito. Se em todo esse tempo de existência do planeta Terra não pôde ser provado que uma ruptura poderia acontecer entre o fenômeno 1 e seu consequente efeito, o fenômeno 2. Então, como poderíamos crer que a mesma ruptura poderia acontecer dentro do terreno comportamental.

Essa premissa acaba por criar um efeito assustador no homem porque determina que os vestígios do passado poderão surgir a qualquer momento. Como um fantasma não exorcizado e não liberado, causando uma espécie de tensão emocional no campo psíquico e espiritual.

Haja vista, que para a liberação desse fantasma é necessário acordo entre as duas partes: a parte humana e a parte fantasmagórica, ou seja, aquele vestígio do passado, aquele amuleto interno que guardamos e não deixamos, de verdade, o outro lado ir. Às vezes libertar-se dos fantasmas transforma-se em um local assustador, por isso não queremos passar perto e nem voltar para o local onde os fantasmas poderão ser vistos. É lugar comum termos o conhecimento de que fantasmas só permanecem onde existem negócios não-resolvidos.

Mas alguém tem que encarar, alguém precisará estar frente a frente com os próprios fantasmas, para que possa se libertar e libertar o outro que em algum lugar tenta respirar. E só quer isso! Há uma teoria que diz que o quase é pior do que o fracasso porque quase leva um sentimento de remoer detalhes daquilo que deu errado e remoer estende qualquer sentimento para além do tempo que seria necessário para seu encerramento.

Então esse quase, ou seja, esse vestígio do passado o qual nos apegamos. Esse fantasma que não exorcizamos tem o poder brutal de prender nossa vida e torná-la um inferno do nível de Dante. Porque acorrentamos as pessoas a nós mesmos? Como se fóssemos, diariamente, ao local onde podemos amarrar o nome daquela pessoa na boca de um sapo ou mesmo uma encruzilhada para garantirmos que aquela pessoa não irá embora. Porque não libertar? Libertar-se dos fantasmas do passado é uma atitude profunda e forte. E muitas vezes não liberamos porque esperamos da outra pessoa que pague tudo o que nos deve e a dívida começa a avolumar-se e quando vemos impossível é que se pague. Um pequeno erro, conduz ao erro médio que conduz a um erro maior e a bola de neve está formada! Não há como parar mais!

Deixar o outro ir é estancar com a bola de neve é parar de pedir o melhor comportamento do outro numa atitude de sujeição para com o próximo. Porque levar até o fim é um termo falacioso para segurar o que não se consegue deixar ir. Sei que ninguém deixa ir para se sentir nobre, ninguém quer se sentir nobre, queremos é mais comer o prato da vingança frio mesmo. Mas quem é que paga a conta? Nós! Se não deixarmos ir, somos nós mesmos acorrentados pelos nossos próprios fantasmas e aí de nós ao dormirmos toda noite acorrentados.

Retirar o olhar assustador de sobre as pessoas, sobre aqueles que passaram por nós mas que não quiseram ou não puderam ficar! Pode-se vigiar, mas não se pode ter mais e qual seria o sentido então? Montar guardar, não deixar ir, construir barreiras psicológicas quando não se tem o objeto de desejo, não se toca mais, viramos Ghost, presos entre dois mundos: o mundo real que deseja e o mundo irreal que não toca mais. Nos tornamos, dessa forma, seres lamentavelmente mortos por dentro e seguindo a trajetória de Dante, imersos no inferno.

Olhar, pode ser mais uma coisa assustadora, pois também é conhecimento de todos que o mal olhar seca até a pimenteira. Para andar na contramão do mal olhado é preciso começar a ver as pessoas, entender-lhes. Porque quando olhamos somente para a nossa necessidade de preenchimento de vazios e colocamos o outro nessa posição tapa buraco do que eu não posso ainda enxergar, acorrentamos mais um fantasma que irá nos assombrar diariamente... 

Romper com a causalidade do efeito dominó do aprisionamento humano. Estancar com a vingança. Perdoar o erro, grande ou pequeno, para liberar a causa de seu consequente efeito, ou seja, se toda ação tem uma consequência, cessar a ação e extinguir a consequência. Como diz a filosofia é preciso se apropriar da noção do époche, isto é, suspender o juízo. Suspender o juízo leva-nos a ataraxia, ainda segundo a filosofia a palavra representa tranquilidade. Libertar o outro é libertar a si mesmo, é suspender o juízo e apropriar-se da tranquilidade!
Margareth Sales

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os lindos


Previously... ou anteriormente, eu escrevi sobre os descontrolados. Agora escreverei sobre os adultos maduros e equilibrados. Não são 100% certinhos, ninguém é. Confesso que escondi o jogo... Que nunca revelei nada sobre os lindos, que é como são chamados os caras legais no twitter.

Hã???? Que é isso, me questionando se eu fiz uma jogada de Marketing? Tentando entrelaçar quatro textos e levando meu público a refletir sobre os quatro? Ou seja, começo em Setembro com Caia na Real, que fala sobre mulheres que se sentem vitimizadas pelos homens, mas não são! Depois parto para Janeiro falando do Eles estão descontrolados, mostrando que temos duas espécies: homens e mulheres descontrolados. Fecho o mês falando sobre feminismo o que corrobora a visão de que nem todas as mulheres que não gostam de uma ou outra postura dos homens podem ser tachadas de feminista. E isso, exclui meu público leitor, particularmente feminino, de serem feministas, são mulheres.

Só porque os quatro textos se completam fechando no conhecimento de que, como já dito várias vezes, não existem homens ou mulheres canalhas, mas pessoas canalhas de que gênero sejam. Só por isso, eu fiz um samba de criolo doido (eita: será que isso é racismo?) em todo o meu blog: provar um ponto! Provar dois pontos então: que a falta de leitura de mundo leva a exageros de interpretação. O que significa que o leitor não proficiente é capaz de ler o que quer e não o que está escrito. A loucura se baseia nisso, os grandes e trágicos assassinatos são, sempre, em função de não se saber ler uma imagem, um texto ou uma situação. Então, vocês realmente acham que foi tudo uma jogada para ensinar meu público sobre leitura de vida? Isso vocês nunca irão saber...E agora, então vamos falar dos lindos.

Adoro eles, como não poderia? Fui mimada por eles, toda a minha vida. Primos, amigos e namorados. Todos lindos, sei que todas querem saber onde eles estão, como reconhecê-los. Então ai, vai as dicas:

Dica 1: Os homens maduros tem por característica a maturidade, dããaaa!!! Claro! E o que a maturidade pressupõe? Saber quem se é, as próprias fraquezas, admití-las sem vergonha e sem imputar aos outros culpabilidade pelas próprias falhas. O que significa? Que no relacionamento com uma pessoa madura, durante algum embate ele até pode dizer: “reveja seus conceitos”, mas ele também irá rever os dele. E é nesse atrito que causa desgaste, mas que ao mesmo tempo encaixa o casal um no outro com mais força, que surge o conceito de ceder. Então, se o seu lindo, realmente, viu que era imprescindível que ele cedesse, ele o fará, sem sentimentos de culpa.

Dica 2: Todo homem escolhe uma mulher para amar e fica com ela, no caso: assume. O adulto assume e assumir é tomar para si, ou seja, trazer para próximo de si mesmo. Assumir é claro, pressupõe maturidade, porque o homem que assume sabe que somos choronas, temos TPM e ele aguenta. Esse homem, cala-se quando sabe que essa mulher está levando-o para a arena da briga e as mulheres fazem isso. Ele a abraça quando não tem mais recursos, muitas vezes, é um abraço forte mesmo, para conter-lhe. Porque toda mulher necessita de um homem que a contenha e, muitas vezes, isso não ocorre em um discurso lógico.

Dica 3: O homem maduro é comprometido. O que quer dizer? O homem comprometido entrega seus trabalhos, tanto faculdade quanto trabalho, no prazo. Não deixa contas atrasadas, às vezes até parece pão-duro porque assumi também suas responsabilidades financeiras. Comprometido com verdades, não finge e não falseia, assumi o que disse e o que fez, sem meandros. Esse homem maduro que assumi e é comprometido diz: “você vai sempre poder contar comigo”. E quando diz assumi e se compromete e cumpre a palavra dada.

Dica 4: Os maduros tem senso de humor. Não significa que são palhaços, bobões, mas que sabem tirar humor dos desvios da vida. Vai te zoar com carinho, sem te expor. Vai rir de si mesmo, principalmente, de suas falhas. Porque sabe que não sendo perfeito busca amadurecimento e se reconhecendo como um ser maduro, só pode rir de si mesmo quando observar que mancada enorme ele deu.

Dica 5: O homem maduro gosta de fazer sexo com você! Ele é seduzido pelas mulheres de fora, com certeza. Pode trair? Vamos ser maduras: pode! Mas muitas vezes vai escolher não fazer. Porque é impossível para ele vislumbrar a perda dessa mulher tão maravilhosa que tem ao lado dele. Então fará tudo por ela. E vai desejar sexualmente essa mulher até a morte, mesmo depois que as rugas amassarem o rosto, o peito cair, o cabelo embranquecer. Ele vai gostar de te exibir sempre, porque se sente orgulhoso de ter conquistado uma mulher tão especial e você é especial para ele, com certeza. Esse homem já descobriu seu ponto G, H, Y e vai sempre te levar as nuvens porque conhece teu corpo como ninguém, não erra o caminho.

Dica 6: O homem maduro te mima. Geralmente, fazem coisas que nem é da natureza do homem... Vão aprendendo com as mulheres mesmo como fazer. Então, como não é inato a eles saberem como realmente agradar uma mulher, esses aprendem de nós mesmas e vão repetindo. Poderão dessa forma: desenhar para você, coraçãozinho ou qualquer outra coisa bem simples que eles consigam. Poderão ir fazer aula de dança com você, mesmo sem gostar, ressalto: poderá, nem todos farão. Poderá escrever bilhetinhos de amor. São algumas dicas de que eles poderão passar por cima da própria macheza para agradar a mulher que amam, às vezes farão uma ou duas dessas pequenas dicas ou não farão nenhuma, mas descobrirão que você gosta de receber flores e mandarão... São infinitas as possibilidades de arranjo do que as mulheres gostam e do que eles poderão fazer. Esse é o cerne da dica 6, eles passarão a te mimar em cima de suas características pessoais e deixando de lado a si mesmo para conquistar todos os dias a mulher que ama!

Na realidade eu conheço mais dicas de homem maduro do que dos outros. “Os outros” me assustam e sempre quis me manter afastada dos tais. E os homens da minha vida? Só uma palhinha então: eles me levam para sair e pagam as minhas contas. Eles me dão livros de presente, pois sabem o quanto gosto. Eles me abraçam, muito... Adorooo! Eles deixam eu botar a cabeça no colo, quando estou emocionalmente cansada. Eles ficam do meu lado, quando eu estou errada, eles brigam, snif, mas ficam do meu lado. Eles deixam eu devolver carinho. Nenhum deles tem ciúme, porque sabem que não traío, não traio como amiga, como namorada, nem como familiar. São meu referencial de leitura de vida para que eu continue quando as dores vem forte demais. Amo vocês, seus lindos! Só não posso colocar a lista de nomes aqui porque seria indiscreto.
Margareth Sales