domingo, 30 de outubro de 2011

Esperança x Autoilusão


Há que se diferenciar, principalmente, no terreno amoroso a esperança e a autoilusão. A esperança é um dos sentidos mais importantes para encarar as idiossincrasias da vida porque a tendência humana natural seria a desilusão diante de tantas pancadas que levamos. Claro, aqui não está decretado que a vida é má, aliás minha experiência pessoal acredita muito mais na grande viagem da vida do que na amargura.

Então, a esperança seria a base da fé, ainda que a fé seja maior e mais concreta do que a esperança porque pressupõe já possuir o que se almeja. Nesse viés, a autoilusão se encontra no lado oposto tanto da esperança quanto da fé.

Na autoilusão acredita-se naquilo que não existiu, não existe e não existirá. A esperança ancora-se no presente, portanto, apesar de saber que algo não é real agora, há esperanças que poderá vir a ser. Então há esperanças que o desejado aconteça.

A autoilusão não! Essa é uma certeza fantasiosa que algo aconteça. E como reconhecer que a certeza é fantasiosa. Porque não traz paz. Porque transforma-se em obsessão. A autoilusão existe quando não se suporta a realidade. A esperança existe para tornar a realidade mais agradável, menos pesada.

Então, a melhor maneira de viver a vida é caminhar nos caminhos da esperança. Afastando a autoilusão que nos coloca sempre na posição de desejante, mas nunca vendo o desejo se cumprir. Sejamos maduros para distinguir uma da outra. 
Margareth Sales

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