domingo, 30 de janeiro de 2011

O que é ser feminista


Fui pesquisar, mais uma vez, para escrever sobre esse tópico. Prefiro os tópicos sem pesquisa, só imaginação do escritor. Mas às vezes é necessário corroborar uma ideia, então parte-se para a pesquisa. Pesquisa feita, ideia fechada, vamos ao texto.

 Na Wikipédia se encontra: “Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero”. Do Aurélio: “1. Movimento daqueles que preconizam a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher, ou a equiparação dos seus direitos aos do homem.  
 
Se eu tivesse um filho menino eu não daria, nunca, uma boneca para ele brincar. Estou reforçando uma cultura machista? Sim. Mas vivo nela, não posso lutar contra todas as injustiças ou brigar por tudo, escolhemos nossas brigas. Eu explicaria ao meu filho que não há nada de errado brincar de boneca, mas que convencionou-se atribuir bonecas as meninas e brinquedos agressivos aos meninos. Ajudaria ele a refletir que nada tem de errado, mas que mesmo assim, prefiro que ele brinque com “brinquedos de menino”. Então, a realidade é que eu, Margareth, sou preconceituosa também, se é isso que estão angustiados, em descobrir quem eu sou! Não deliro porque não sigo uma corrente, mas sigo aquilo que para mim é coerento. Ouço o outro e aprendo e se nessa aprendizagem decido mudar, faz parte do meu crescimento, não porque sou Maria-vai-com-as-outras e nem porque sou radical. Não creio em radicalismo, em uma única teoria que desvende o universo, em uma psicologia que desvendou quem é o homem é não espaços para o novo. Acredito na Psicanálise e na Terapia Cognitivo Comportamental, ou seja, em Freud, Becker e Skinner... E alguns psicólogos tiveram uma contração, uma dor interna... Feri seus sentimentos mais íntimos? Só posso lamentar porque não sigo uma corrente de pensamento, pelos que seguem e querem que eu siga. E estou feliz, pois sou livre, para descobrir por mim mesma, quais são as minhas verdades. 
 
Enquanto leio, reflito, se fosse me encaixar em um modelo de comportamento feminista, pelo que estou lendo agora seria mais uma pós-feminista do que uma feminista em si. Mas nem nesse modelo eu posso me encaixar, pois logo descobririam que eu não daria uma boneca para um menino e perderia qualquer credibilidade como uma feminista contemporânea. De qualquer forma, não me defino nunca numa fôrma, em um modelo pré-estabelecido de comportamento. Sou como qualquer outro ser humano e, principalmente, mulher: indecifrável, sempre!
 
Pelo que li também, há uma corrente acreditando que o feminismo está ligado a pregar o ódio contra os homens. Não faço parte da assertiva. Não prego ódio, mas compreensão. Vejam por esse ângulo, Jesus o tempo todo que esteve aqui pregou compreensão, o que os psicopatas fazem? Usam a própria Bíblia (não só os psicopatas, mas grupos usam palavras sagradas ou vamos chamar de palavras de compreensão, para pregar o ódio). Vou falar: eu, Margareth, não odeio os homens, nunca! Ao contrário se não puder viver no meio deles poderia ser insuportável para mim. Nos 21 anos que passei dentro da igreja, era o grupo dos homens que eu frenquentava, achava as mulheres tolinhas, despreparadas. Então, se eu estou dizendo isso, significa que acho as mulheres tolas? Claro que não, acho que a igreja manipulou as que eu conhecia fazendo delas submissas ao extremo.
 
Mas vamos continuar, para vocês descobrirem parte de mim, já que estão tão interessados! Por isso, repito no texto: eu, Margareth, quando falo assim é porque falo de mim mesma, da pessoa, não a escritora. O que eu escrevo, escrevo, mas o que sou, muitas vezes difere do que escrevo. Bem, eu, Margareth, acredito na família nuclear e sou contra produções independentes. Explicando: quem acha realmente que ter um filho é tão importante ao ponto de tê-lo mesmo sem um pai, eu apoio! Só não me peçam para fazer o mesmo, aliás, não quero ter filho nem com um pai. Não acho a ideia de ter filhos atraentes e aí eu me assemelho ao feminismo, claro. Mas deixo de me assemelhar pois, acredito, meu pensamento, minha ideia e gostaria aqui de respeito pelo que eu acredito. Creio então, que o chefe da família é o homem. Minha família tem que ter por chefe um homem, agora... Se há famílias que tem por chefe uma mulher, não venham me dizer que sou contra, não sou, apoio, mas não quero para mim. Então, nem dissedente do feminismo sou, comprovadamente, não sou feminista.
 
Em tempo, nunca queimaria um sutiã: preciso dele! Teriam que achar um outro simbolismo comigo para descobrir que apoio alguns princípios do feminismo e quais seriam esses? Sim, eu apoio os direitos legais das mulheres (direitos de contrato, de propriedade, e de voto). Pelo direito à mulher ao seu próprio corpo. Há descobri alguém que disse que quando você faz aborto você não está matando seu próprio corpo, mas o de uma criança. Não me mobilizou, sou a favor do aborto e poucos sabem disso. E escondi, principalmente, porque estive 21 anos dentro da igreja evangélica e seria, praticamente, excluída se revelasse meu pensamento interior.
 
Acredito ser de grande importância o movimento feminista. Sem elas, porque não me incluo, não lutei com elas e não luto, se lutasse teria que me adequar a princípios que não são os meus. Mas elas conseguiram direitos para mim, por isso, tem meu apoio. Direitos de contracepção, proteção de mulheres contra violência doméstica, assédio e estupro. Note uma verdade: não existe violência da mulher contra o homem, mas seu contrário sim! Por isso, não somos iguais, a mulher que apanha de um homem teria que no mínimo ir para uma academia, fazer uma defesa pessoal para bater. O homem não precisa, ele bate na mão mesmo, a força do braço dele é muito maior que a nossa, será que não é? Não acredito, vejo eles mais fortes fisicamente que as mulheres. Excessão? Sempre há!
 
Sobre salários iguais, porque homens teriam que ganhar mais que a mulher ocupando mesmos cargos? Não tem lógica. E nem é uma lógica feminista. É óbvio! Estudamos as mesmas coisas, fazemos as mesmas funções, porque eles tem que ganhar mais? Então, viva as feministas que conseguiram salários iguais. Agora... Lá vai mais uma polêmica, eu conserto computador, mas não gosto de carregá-los para cima e para baixo, deixo os meninos fazerem isso. Claro, já ouvi, meus amigos, homens: “Você não quer direitos iguais, então?”. Qual a questão entre ganhar a mesma coisa, por ocupar-se a mesma função de, realmente, não ter forças para abrir todas as garrafas ou latas? Não consigo entender a pergunta anterior.
 
Os papéis sociais são construídos socialmente? Claro. Vamos lembrar de novo da boneca do meu filho que eu não terei. É um papel social construído, óbvio! E eu reforço! Primeiro, nem a ciência ainda reconhece quais seriam as verdadeiras diferenças entre homens e mulheres, porque eu tenho que saber de tudo? Não sei, sei que certas coisas me incomodam. Sei que não acho legal, nem para mim, sexo por sexo. Acredito que as mulheres preferem sempre sexo com sentimento, eu prefiro! Todas são assim? Não! Muitas são assim? Também não sei. Quantas são muitas? Quem quer fazer sexo por sexo, que faça, eu, Margareth, gosto de estar envolvida, de gostar da pessoa. Mas também sei que qualquer ser humano normal, não namora sempre... Aqueles que namoraram um só e casaram, não diria tão forte que é anormal, mas tem algo que não cheira bem, não têm? Então, se nós mulheres estamos muito tempo sozinhas e queremos sexo, como fazemos? Acreditamos e apoiamos as feministas, ou seja, somos livres sexualmente e isso é bom, de uma certa forma. Bom porque podemos ter sexo e escolher quem queremos como companheiro, mas em contraposição, não podemos contar isso para os homens, somos discriminadas. E não é contra a discriminação que as feministas lutam?
 
Vamos tentar entender, abrir a mente um pouco mais! Os papéis sociais são construídos socialmente? Sim, acredito nisso. E quero como mulher ser respeitada se sou contra uma premissa ou outra. E exatamente, quero ter liberdade, sem discriminação para fazer o que acho melhor para mim. Se quisesse ser mãe, cuidar da casa e sem marido, quero ser respeitada por isso. Mas não quero isso, quero o que é de verdade importante para mim, não o que é importante para os outros ou para eu ser bem vista pelos outros. Não preciso ser bem vista, mas também não compro a postura de ser a ovelha negra, não preciso e não quero também ser um ícone de ódio e de mulher tabu, no qual não se aproximam.
 
O que é necessário? Cada vez mais uma revolução moral, ou seja, comportamentos livres de hipocrisia e sem opressões. Livres de hipocrisia porque não condeno os outros em suas verdades, não oprimo fazendo com que todos pensem como eu. Mas que também, posso chegar para alguns e falar: mas porque você sai com todos os caras, isso não faz bem para você. Ou: não transe com X, ele vai te largar, depois que conseguir o que quer, frase antiga né? Mas pode se tornar verdade, quando for verdade.
 
O que me preocupa de verdade não é machismo, nem feminismo, é o julgamento. E se alguém me julga baseado em princípios que foi incutido por uma sociedade machista, tenho que no momento ser feminista e lutar pelo direito que tenho. Eu não queria, nunca, ter nascido homem, mas sinto na pele a discriminação do homem, mas vivo em 2011, então sinto, reflito e tento crescer, mostrando que fui discriminada e tentando um caminho melhor. E não me venha dizer que mulheres não sofrem opressão que é mentira, claro que sofrem. Lutamos sempre pelo direito de não ser oprimida e encaramos o fato de que não é só chorando que resolvemos, então entramos na briga.
 
E por isso que digo, não escrevo falando de canalhas porque homem = canalha, isso é mentira. Escrevo porque o blog tem um perfil feminino e, principalmente, textos zoando homens, sendo ácida demais com eles, são engraçados. Muito! Mas acredito nos homens, gosto deles, convivo com eles. Ainda que, no momento, meu universo esteja mais cercado de mulheres do que nunca, não foi sempre assim. Não quer dizer também que sempre será, de qualquer forma, ainda escreverei um texto homenageando eles, porque merecem!
Margareth Sales

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eles estão descontrolados


Como sempre adoto um viés feminista não de propósito, mas pelo blog ser feito através de crônicas, são as verdades da vida que me invadem no momento e que se encaixam como num quebra-cabeças e formam, praticamente, sozinhas, o texto.

Tal como a síndrome das descontroladas os homens também enlouquecem e pelos mesmos princípios que as mulheres: falta de amor de base. Esses homens vão passar pela vida sem amar uma mulher quando conhecerem alguém para amar, poderão tentar destruí-las.

Minha experiência particular demonstra que os famosos “canalhas” como gostamos de reportar são os homens histéricos. Vamos esclarecer mais uma vez um ponto já ressaltado: isso não é um texto científico, não me proporia a tal, mas uma crônica baseada em minhas próprias vivências e leituras.

E quem são os homens histéricos? Tal qual a palavra em sua asserção mais moderna são os descontrolados. Eles chegam em cima de você com muita afobação. Um exemplo bem claro, tirado do Toy History 3, o Ken chega perfeito para a Barbie, mas no fundo é só um canalha jogador. O que eu quero dizer? Que o desejo de toda mulher é que um homem venha com muita intensidade em nossa direção.

Tchramram... Finalmente, o segredo de séculos escondido a sete-chaves pela raça masculina será revelado: como identificar o homem que não serve? Ou seja, o Ken da Barbie ou o príncipe do Shrek. Como saber quem é príncipe vestido de Shrek ou Shrek vestido de príncipe?

Primeiro, procure um lugar bem confortável, de preferência com duas cadeiras, se for uma cadeira e um divã melhor ainda. Compre um caderno de anotações, sente-se de preferência atrás dele e comece a perguntar: “como foi seu relacionamento com sua mãe?”; “O que você sente por ela hoje?”; “Como são seus sonhos?”... BRINCADEIRINHA... Já que você não pode ser o Freud da sua futura pessoa real, que deve ser o que você procura e não um ser idealizado saído de algum conto de fadas ou das profundezas de seu inconsciente. Se é que existe inconsciente?

Como dito, já que você não pode ser Freud aqui vai a lista que fará você identificar o real do ideal:

Dica 1: Todos os dois homens, tanto o verdadeiro quanto o “falso” geralmente chegam com muita sede ao pote. Qual a diferença um do outro? Você! É você que vai “impedir” que o babacão chegue em você. Como? Limites, minha cara! Sabe aquela máxima ridícula do universo masculino machista: se der a primeira vez você perde? É VERDADE! Lamento! Porque é o não que impulsiona o verdadeiro a insistir, a não desistir. Por exemplo, se você dizer não para o falso, ele pode até insistir, como uma contingência da vida, mas ele vai sempre dar sinais de desistências muito fácil. Ele desiste de aparecer nos dias marcados, desiste de conhecer sua família, desiste de morar junto e vai desistindo...

Dica 2: O verdadeiro homem vai te respeitar sempre. Ok, mas você não quer ser respeitada! Tudo bem, você dará sinais e ele entenderá. Não há como fugir disso, você está enviando sinais que quer ser “desrespeitada” e ele está te respeitando: cai fora! Você está dando sinais que quer ser respeitada e ele está te desrespeitando: cai fora da mesma forma. Ah! A premissa de que eles não respeitam porque podem ser taxados de bichas é mentira inventada pelos que querem só se aproveitar. Como disse, homem identifica rapidinho quando a mulher está dando sinal verde e se ele estiver afim, ele cai dentro!

Dica 3: O seu homem não é um farsante, ou seja, ele decide algo, depois muda de opinião e diz com todas as letras que não disse aquilo. Poxa! Mas essa é tão fácil descobrir. Não é não! Querem exemplos: ele encanta você, diz “tô afim” com firmeza, você desconfia, mas cede. Ai ele vai mais fundo e diz “ainda bem que não sou fulano, que não leva ninguém a sério, quando estou num relacionamento é para valer” aí a pulga atrás da orelha já está virando pulgão. Mas ele ainda parece razoável e diz: “porque assim eu vou acabar me apaixonando” e quase derrama uma lágrima. Agora me responda: é fácil perceber a farsa? Claro que não! Então, como sair dessa sinuca de bico? Perceba se o pseudo-príncipe não se baseia em joguinhos na sua vida pessoal, no trabalho. Se ele é leal ou tenta passar a lábia em seus colegas de trabalho-chefia. Perceba se ele não é sempre amigo de alguém importante, falas do tipo: “O ex-presidente da república? Trabalhamos juntos na CUT, até hoje ele é meu amigão”. Cuidado também com o bobo-engraçado dos lugares que freqüenta, humanamente gostamos de pessoas divertidas, mas ninguém é divertido sempre. O sempre-divertido é fake, fuja dele, não há consistência.

Dica 4: O 100% sério é oposto do divertido, além de ser um chato. É claro que também não é ninguém real, não somos 100% em nada. Quem se diz muito certinho ou mente descaradamente para você ou mente descaradamente para si mesmo.O que tanto faz, pessoas que não têm o mínimo de percepção de si mesmos não tem bagagem para manter um relacionamento. Vão desistir provavelmente na primeira imperfeição, sua! Porque neles, não há imperfeições!

Dica 5: Os errantes, esse é fácil reconhecer, pois ser errante numa coisa ou noutra, faz parte da natureza humana. Mas aqueles que não tem um pouso certo num emprego, em um domicílio, em algum relacionamento no passado, também veio só para beliscar a carne e voltar a voar. Exceção: artista circense, mas esse tem pouso certo: o circo e segue com ele para onde for, se quiser ir com a caravana...

Dica 6: O que busca o lugar nostálgico, aparentemente ele é uma gracinha, lutando por uma vida melhor. Não se enganem, essa vida ficou em algum lugar do passado e você passará o resto de sua existência com um homem suspirante que não consegue realizar o maior desejo. Lembre-se que, provavelmente, o maior desejo dele nem é você! Por isso, você estará sempre em segundo plano, talvez em 10°? Porque o maior desejo dele, este não consegue.

Bem, claro que a lista é extensa e vocês caras senhoritas casadoiras, conhecem outras dicas. Mas aqui foi minha contribuição psicológica esclarecedora de alguns tópicos pouco falados sobre os homens que habitam o desejo das mulheres. E agora é ir a luta em direção a uma classe mais honesta, não só de homens, mas de pessoas verdadeiras consigo mesma.
Margareth Sales

sábado, 15 de janeiro de 2011

Porque margarethsiao?


Aviso aos navegantes, o texto a seguir é de teor evangélico-religioso, quem não se interessa por tais assuntos, favor passar adiante.

Em 1988, eu tinha 18 anos,entrei para a igreja evangélica, antes era católica, praticante. Eu briguei com Deus quando era católica, diante daqueles santos que eu odiava eu desenhei Deus e o rasguei em pedacinhos. Disse para ele: “Você nem consegue curar uma dor de dente minha, nem um dentista eu posso pagar e eu tenho que ficar aqui, nessa igreja, diante de coisas mortas, não quero saber de você”.

Devia ter uns 12 anos mais ou menos e eu me afastei conscientemente de Deus. E ouvi muitas vezes “vozes” do outro lado, como se quisesse que eu seguisse esse outro lado. Não vou falar sobre o outro lado, existe? Não responderei, não entra no escopo do que estou escrevendo. Escrevo de fé, fé pessoal, minha fé. Por isso alerto, se não quiserem me ouvir não leiam esse textos, tem vários outros no blog, a maioria sem nenhum teor religioso!

E em 1988, eu entrei para a igreja evangélica, por movimento, porque tinha gente bonita e não me sentiria mais sozinha. Teria o que fazer nos meus finais de semana, tinha 18 anos. E em fevereiro de 1989 fui ao retiro dessa igreja. E um grande poder desconhecido, uma força interior, uma paz, uma felicidade invadiu minha alma, nunca mais pude esquecer esse retiro. Não fui a frente, não levantei a mão, não disse que aceitava Jesus. Mas alguma coisa em mim havia mudado e no dia que eu voltei para casa, chorei copiosamente, como se tivesse morrendo, queria voltar para aquele retiro. Não pelas pessoas, mas por aquele poder que me fez feliz.
 
E eu continuei dentro da igreja, ai eu entendi, com uma música, cantada por um grupo chamado Mão no Arado, o nome da música: Quantos sonhos, vou reproduzí-la e comentá-la:
    Quantos sonhos eu tive no mundo
    Eu sai desse retiro assim, com uma música no coração, que reproduzia minha vida até os 18 anos e uma dúvida na cabeça. Até aquele momento eu era uma adolescente sonhadora, querendo ganhar o mundo com a emoção.
    Quantas desilusões me levaram para o fundo
    Mas aos dezoito anos as desilusões já tinham me levado para o fundo. Meu pai era alcóolatra, nunca estava sóbrio, dormia com cheiro de cachaça e chulé. O primeiro cara que me chamou para dançar me largou no meio da pista, porque eu não sabia dançar. O namorado que eu me apaixonei, eu stava com a mão enfaixada e ele disse que socaria a minha mão, pediu para eu duvidar, eu duvidei, ele socou! Eu fui embora, sabendo que não merecia isso, mas eu voltei, senti o chão abrindo, se eu desistisse daquele homem, nunca mais teria ninguém, então:   
    E o sofrimento assolava-me
    Eu sempre fui suicida em potencial, nunca em ato, e imaginava a cada momento quando teria forças para dar cabo de minha vida, porque o sofrimento me assolava. Nesse interim:
    Quantas vezes, eu perguntei por amor
    Depois daquele retiro eu comecei a perguntar por um amor diferente, por algo que não tinha conhecido, por algo que até os 18 não tinha vivido. Eu tinha experimentado o amor, mas não sentia ele dentro de mim. Então, mergulhei nos ensinamentos dentro da igreja para sentir aquele amor novamente, mas ele aparecia, porém, ela tão raro... tão difícil. E:
    Nos momentos de sofrimento e de dor
    Eu perguntava mais forte, onde estava esse amor, porque eu senti e não o tinha. Porque todos os meus dias eram solidão, dor, desespero. Eu perguntava, perguntava ao pastor, perguntava aos conselheiros, perguntava aos amigos:
    Mas ninguém me falava, eu só chorava!
    Toda essa lista, contavam-me mentiras, diziam que eu não tinha fé, que eu não tive um encontro, que o dia que eu fosse batizada com o Espírito Santo tudo mudaria. E eu fiz tudo o     que eles queriam, mas ninguém me falava a verdade e eu só chorava. E eu estava desesperada porque:
    Eu só queria saber quem é esse Deus
    Ele, Deus, havia se revelado a mim, eu sabia, mas eu não sabia quem era esse Deus. E eu queria sentir de novo, aquele sentimento do retiro e alguns poucos outros sentimentos ao longo da minha caminhada evangélica e:
    Eu só queria provar o seu amor
    Eu estava desesperada, querendo só provar desse amor. Acho que em 1993, não tenho certeza, um dia depois do meu aniversário, mudei de igreja. Uma igreja que parecia mais coerente, não era, nenhuma é. Mas essa igreja, me deu alguns caminhos, uma conselheira, pessoa maravilhosa, me disse que eu deveria ler a Bíblia. Disse que não lia porque era chata. Porém, no dia seguinte, eu dobrei os joelhos e li a Bíblia, pela primeira vez e:
    Eu só queria sentir
    Eu senti! Foi um milagre! Eu senti uma luz forte entrando pela mesma janela que vivi durante toda a minha vida, uma janela sem sentido e desesperadora, na qual eu olhava e perguntava e ninguém me falava, mas naquele dia, aquela luz entrou e eu senti. Místico? Totalmente, não sou mística e digo que não sou mística porque nessa aparente mística, Algo Real veio a mim. E nesse dia, como diz outra música eu percebi que eu era um milagre. Não porque fui um espermatozóide vencedor, teoriazinha tosca essa! Mas eu não entendia como alguém que nunca foi amada, recebeu aquela luz de amor que confirmou a primeira luz, naquele retiro de 1989 e em pequenas outras ocasiões posteriores. Eu me transformei em um milagre vivo, eu me senti viva, eu vi luz, onde antes só via trevas. E eu via, meus olhos, literalmente, pareciam cobertos de uma camada nublada. Deus respondeu minha oração de fé, nesse momento, passei a pertencer a ele, nesse momento, não precisei dizer para ninguém que Jesus era meu Senhor e Salvador, porque eu sabia que ele era. E eu pedi a Jesus:
    Toca Jesus em mim.
    E Jesus me tocou! E como passei a devorar a Bíblia, Jesus começou a me dizer coisas da minha vida, mas que estava igualzinha na Bíblia. Eu ficava espantada. Como, tudo o que eu tinha vivido estava na Bíblia? Eu ficava maravilhada, e Deus me deu Ezequiel 16:1-11 (vou comentar também):
1. Veio a mim a palavra do Senhor:
    No primeiro dia que me dispus a ler a Bíblia.
2. Filho do homem, faze conhecer a Jerusalém as suas abominações,
    Deus me mostrou meu passado.
3. e dize: Assim diz o Senhor Deus a Jerusalém: A tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus; teu pai era amorreu, e a tua mãe hetéia.
    Sou descendente de Árabes, meus avós são libanezes. Os cananeus eram a terra onde o povo hebreu tomou posse, antes era uma terra sem Deus. Deus converteu a terra, hoje é Jerusalém.
4. Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água, para tua purificação; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas.
    Nasci com o cordão umbilical em volta do pescoço, meu pai escolheu minha mãe. Se uma tivesse que morrer, seria eu!
5. Não se compadeceu de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; antes fostes lançada em pleno campo, pelo nojo de ti, no dia em que tu nasceste.
    Desde tenra infância, não fui amada pela minha família. Fui rejeitada por cada um deles, foi esnobada. Riam do meu choro e da minha dor.
6. Passando eu por ti, vi-te banhada no teu sangue, e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, disse-te: Ainda que estás no teu sangue, vive.
    Aos 18 anos, Deus “me viu” e eu tive aquele primeiro encontro, mas ainda estava suja do meu sangue (dor), mas mesmo assim Deus disse: vive! E eu vivi!
7. Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo, e cresceste e te engrandeceste, e alcançaste grande formosura. Formaram-se os teus seios e cresceu o teu cabelo; contudo estavas nua e descoberta.
    Em 1997 mais ou menos, fiz um grupo religioso de auto-ajuda aqui em casa. Foi como um renovo do campo, eu cresci e alcancei formosura aos olhos daqueles que ajudei. Ajudei uma quantidade significativa de pessoas que sofriam tal como eu. E muitos deles, hoje, sofrem menos do que eu. Mas ainda estava nua e descoberta, não tinha chegado a plenitude ao melhor de mim.
8. Passanto eu por ti, olhei e vi que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto, e cobri a tua nudez. Dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus, e tu ficaste sendo minha.
    Isso foi agora, aos 40 anos de idade. Israel andou no deserto durante 40 anos. 40 anos é um tempo simbólico significativo em muitas situações. É um tempo simbólico também de ser mulher de verdade.
9. Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo.
    Me lavar com a água de Deus e derramar amor, amor que outras pessoas vem em mim e que se chegam, alguns para roubar. Outros para contribuir. Unção com óleo é poder, poder espiritual, poder que não se vê! Porque as coisas espirituais se discernem espiritualmente. Porque sou Margareth Sião? Porque tenho a Glória de Deus em mim, porque Deus me ungiu com óleo de Sião, me deu um novo nome e me usa, quando quer para demonstrar a Glória Dele que Existe e Vive eternamente.
10. Eu te vesti de roupas bordadas e te calcei com peles de animais marinhos, e te cingi de lino fino e te cobri de seda.
    Aos 40 sou uma mulher linda. Sou linda por fora, com enfeites, roupas, calçados, com a melhor roupa e sou uma mulher linda por dentro.
11. Eu te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e um colar no teu pescoço.
    Isso é a aliança de Deus para comigo. Os homens usam aliança no dedo esquerdo para demonstrar casamento. Deus é casado comigo há muito tempo e eu não preciso ser freira para ser casada, sou filha de sião. Sou adornada de enfeites que Deus me deu, sou chamada para pregar a palavra aos que necessitam. Ninguém me toca se Deus não permitir. Já tive exemplos de eu dar brecha. Mas não posso citar o que aconteceu com esses que passaram por cima daquela que Deus ungiu! E que Deus chamou!

Resumindo, não sou um ET, não sou diferente de ninguém... Se acharem que sou um ser transcedental, leiam os meus textos, verão que não sou. Corroboro cada texto que escrevi aqui nesse blog. E corroboro esse texto aqui. Não serei só casada com Deus, Deus vai me dar um casamento de verdade, porque Deus não criou ninguém para ser só!

E escrevi esse texto porque preciso dizer a todos, e porque estava muito triste hoje, que quando confio em Deus sou ajudada e que a Salvação do Senhor tem sido tudo em minha vida. Tem uma coisa que eu gosto muito nessa terra, pensem um pouco e descobrirão o que é! Mas não gosto mais disso do que do meu Senhor Jesus Cristo, de Deus e do Espírito Santo e Creio que Jesus voltará nas nuvens. Amém!
Margareth Sales

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feliz Aniversário para o blog


Hoje completo um ano de blog. E para comemorar comigo, recomendo os seguintes textos: Sobre as modernas tecnologias, na realidade o texto não trata bem do que fala o título. O título foi só uma chamada para fazer notar que as modernas tecnologias influenciam de tal forma que existem pessoas que se aproveitam do seu discurso para ganhar notoriedade. O texto está postado em Janeiro. 

Outro texto que gosto muito está postado no mês de Maio e dá dicas superinteressantes de como escrever. Primeiro o texto começa pontuando que para uma boa escrita é necessário uma boa leitura de mundo. A segunda regra é aprender a comunicar-se, isto quer dizer que a capacidade de se fazer entender pode ser levada também para o mundo da escrita.
 
Em Junho vem o primeiro texto que mais amo: Fúria de Titãs, é uma pequena historinha para falar a respeito de como a língua escrita é poderosa. Texto permeado de paixões, pela língua e pelos homens. 

Como Agosto fui realmente um mês muito movimentado pessoalmente para mim. Acabei por fazer três textos muito significativos: A ida em vão; Crônica dos Tempos Finais; Uma crônica poética. O primeiro texto segue ao título, o quanto é empobrecedor alguém ir porque não soube como ficar. O segundo texto cai de pau mais uma vez em cima desse mundo evangélico corrupto. E o terceiro texto é uma linda crônica poética, totalmente visceral, praticamente não raciocinei, fui apenas escrevendo o que me vinha.
 
Continuando com o movimento do mês de Agosto, Setembro, trouxe mais dois textos fascinantes: Classificados e Cego Guiando Cego. Classificados é um texto romântico, depois de Fúria de Titãs é o segundo texto que mais gosto! E Cego Guiando Cego vai o verdadeiro desabafo contra quem se diz Cristão e é sinagoga de Satanás, foi uma vomitada necessária, eu precisava, muito!
 
Novembro apresenta meu penúltimo texto magnífico: 11 de Setembro, esse me causou um mal estar interno. Acho ele forte! E mexe comigo porque, claro, fala dos obstáculos que sempre tive que superar e dizer que o que eu gosto e faço bem é escrever!
 
E o último que também me atrai demais porque tenho visto muito disso acontecer. Principalmente no meio evangélico é o Adultério e pela polêmica do texto não poderia me imiscuir porque é tabu, sendo tabu, pessoas fingem que não vêem ou fingem que é pecado.
 
Então, caros leitores aproveite as férias para coçar o bichinho do questionamento e mandar as favas a tolice humana. Leia os textos, comente e se torne um pensador.
Margareth Sales