quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A revolta dos objetos

Continuando na "vibe" da Literatura, por estar em Letras, mais uma Literatura infantil. Breve publico essa coletânea que estou fazendo das minhas histórias infantis. A ilustração é minha!

Certo dia o despertador estava passeando quando encontrou seu velho amigo o perfume. Depois de muita conversa o despertador disse que estava muito triste.
- Mas por quê? Perguntou o perfume.
E o despertador contou que foi despedido porque atrasou um minuto.
- Isso não pode acontecer - falou o perfume.- Uma vez meu chefe queria fazer isso comigo. 
Ele não tinha tomado banho e me passou, ficou com raiva só porque ficou fedorento. Eu tenho culpa de ele não tomar banho?
- Os homens são muito engraçados - interrompeu o despertador - fazem as coisas erradas e não reconhecem, por isso nos colocam a culpa.
- Sabe o que poderíamos fazer? - Sugeriu o perfume. - Uma greve.
- É ótima ideia.
E foram falar com todos os objetos: o ventilador, a tesoura, a televisão e muitos outros. Eles concordaram logo com a ideia.
- Temos que fazer isso mesmo - falou o ventilador - nós não somos lixo e eles tem que aprender isso. Uma vez meu dono estava com raiva só porque brigou com a namorada e me jogou no chão. Eu tenho culpa de ele ter brigado com a namorada? Eles tem que aprender a respeitar nossos direitos, afinal eles precisam de nós.
E a greve durou muitos dias, até que os homens perceberam que não poderiam viver sem os objetos e resolveram aceitar o que os objetos queriam.
Foi assim que os homens aprenderam a ter mais carinho com os objetos, não só com os objetos, mas também com a natureza e tudo que cerca o homem.
Se existe alguma coisa ao nosso redor, provavelmente não está ali à toa. Se aquela coisa desaparecer sentiremos sua falta, por isso devemos cuidar com muito carinho das coisas, para que a tenhamos sempre.

Margareth Sales

Nenhum comentário:

Postar um comentário