A postagem desse mês é um resumo da minha monografia que foi apresentada no dia 04 de Agosto de 2012, para obtenção do título de Pedagoga. Foram 44 páginas, resumi aqui em 2!
1.
A HISTÓRIA DA ESCRITA E DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1.1 HISTÓRIA DA ESCRITA
A escrita surgiu, na
pedra, para representar a fala. A partir daí era lida fora do contexto em que
foi escrita, imortalizando a fala. Também era forma de lembrar valores e
mercadorias. Quando a necessidade de escrever se expande, troca-se pedra
entalhada por papiro. Mais leve e de fácil manuseio. Resultando em maior acesso
ao material escrito.
Mais tarde uma nova
superfície para a escrita se faz necessária, de forma que a palavra grafada
pudesse ser levada para qualquer lugar. Criou-se o códice, escrito dos dois
lados para virar e não enrolar. A grande revolução foi o papel, surgido da
seda, mais barato, fácil transportar e manusear. O caminho natural dessa
revolução foi a criação da imprensa. Chegando aos dias atuais tem-se uma série
de tecnologias que culminam com as máquinas inteligentes.
Havia uma diferenciação
entre escribas e população. Os primeiros detinham poder social.
1.2 BREVE HISTÓRIA DA EJA
A EJA é a modalidade de
ensino que visa suprir a demanda daqueles que não concluíram a escolarização na
idade dita como certa. A EJA tem sua história ancorada na alfabetização da
classe popular. Mas no Brasil Colônia já existia educação de jovens e adultos
com a catequização pelos padres jesuítas.
Apesar de ser constituída
como reprodução da elite dominante, formação de mão de obra barata para o
mercado de trabalho. A EJA é uma modalidade política com o intuito de prática
de libertação do oprimido. A história conta também que aos poucos a modalidade
foi passando das áreas rurais para as mais urbanas. O que se deseja é que a
escola proporcione emancipação social e cultural para alunos EJA, ajudar o
aluno a encontrar a sua voz.
2.
A FUNÇÃO SOCIAL DA LÍNGUA
Se
a função social da língua é comunicar algo a alguém o padrão culto da linguagem
tem a intenção de permitir que isso aconteça sem ruídos. Dessa forma, também o
professor deve usar o padrão culto para ser entendido e instrumentalizar seu
aluno a se fazer entendido na linguagem.
Dominando
a língua têm-se acesso aos bens culturais da humanidade por meio da leitura. E
essa leitura enriquece o aluno fazendo-o se entender e entendendo o mundo em
que vive. A fala dá acesso ao que se refere ao mundo interior do indivíduo, ou
seja, reforça a função social da língua transmitir algo a alguém. A escrita é o
desdobramento dessa função.
Socialmente
o jovem e adulto precisa do padrão culto da linguagem para ascensão no mundo
profissional ou, simplesmente para comunicar-se nele e se fazer melhor
entendido.
2.1 A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA
INFORMÁTICA E SUA RELAÇÃO COM A LEITURA E A ESCRITA
Dominar
a tecnologia faz com que o aluno EJA se sinta mais competente porque ele tem
conhecimento da importância das TIC’s. A informática é uma ferramenta de inclusão
social.
3. PRODUÇÃO TEXTUAL E A RELAÇÃO DE SENTIDOS
PARA OS JOVENS E ADULTOS
Mesmo
que socialmente seja bom adquirir o padrão culto da língua, o aluno pode não se
interessar em ler e escrever. Como proporcionar esse sentido? A primeira coisa
a ser feita é demonstrar que escrever sua própria fala interna faz sentido,
muda a história e liberta o sujeito para novas visões de mundo por meio do
conhecimento. A aquisição do domínio padrão da língua, encontra-se sempre
ancorada na realidade do aluno EJA, transpondo-se para uma realidade maior, a
do conhecimento.
Com
o trabalho de se debruçar sobre a atividade do pensamento desdobra-se em
capacidade para colocar esse pensamento no papel. Não esquecer que o professor
é modelo de reflexão para o aluno. E não há como fugir da realidade de que se
pensa por associação de idéias, mas o ser humano é capaz de ir além e criar
algo novo do resultado dessa associação.
Sabendo-se
que o processo do pensamento para a língua escrita não é tão intuitivo. Uma
única palavra semanticamente possui várias significações, ancoradas à cultura e
ao indivíduo. A escrita é um treino artificial, a escola tem essa função,
treinar a escrita. Com o treinamento esse caminho entre pensamento, fala e
escrita se torna mais fácil, até aperfeiçoar-se que claramente levará a vida
toda.
Se
há conhecimento do que se quer escrever, escreve-se. O que acontece é que esse
aluno ainda não sabe o que dizer. E para tal o professor precisa fazer com que
o aluno EJA seja capaz de reescrever o mundo interior, as próprias idéias para
elaborar novos sentidos.
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