quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sobre fantasmas e bruxas



Terminamos Outubro com um dia das bruxas importados e uma reclamação em massa a respeito, de um lado o grupo intelectual (do qual faço parte) dizendo que a cultura nacional é que deve ser privilegiada e de outro o meio Cristão abominando a prática como movimento de heresia e entrega total ao demônio e sua corja.

Mas reclama-se do dia das bruxas ontem e, amanhã, temos o dia de finados para homenagear quem? O morto! O engraçado é que até o morto vende, porque todas essas comemorações não passam de puro e simples aquecimento do comércio. E claro, para o brasileiro tudo acaba em samba.


Então, o único fantasma e bruxa que tem me assustado é os que eu tenho que enfrentar todos os dias da vida. Preciso fugir do fantasma da não superação de si mesma. Expulsar a bruxa dos objetos que pagamos caro e que duram menos do que o próprio prazo de garantia.


E o fantasma do afastamento emocional porque estamos tão grudados, tão conectados 24 horas por dia via facebook, então, para quê contato pessoal? E a bruxa do sexo via torpedo? Motel está caro, porque não trocar umas mensagens picantes por celular, imaginar como seria e deixar por isso mesmo?


Portanto, bruxas e fantasmas é que não faltam nessa modernidade que vivemos, porque comemorar eles? Prefiro comemorar gente na praia que está muito quente e comer um churrasco ao invés de travessuras e gostosuras que são balas, estragam os dentes e não alimentam! É claro que com tanta bruxa e fantasma eu estou de mau humor e não posso deixar de criticar a massa que vai atrás sempre de cultura enlatada e imposta. #prontofalei.
Margareth Sales






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