quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O jogo atividade pedagógica e lúdica

 
Apesar de antiga, a discussão em torno do jogar nunca teve fim e por isso suscita paixões, ora desqualificando-o como algo importante fora do âmbito da infância, ora percebendo sua verdadeira atribuição. Nesse sentido, é preciso apenas corroborar a importância do jogo para as crianças, lembrando que para essas o jogo funciona como uma espécie de trabalho infantil. Isto significa que tanto o trabalho para o adulto quando o jogo para a criança é o que confere sentido ao mundo desses dois indivíduos de faixa etária diferentes.  

O grande problema é que ao crescer o adulto é ensinado a deixar de lado as coisas de criança e começa a acreditar que o jogo é uma parte infantil de sua constituição pessoal e que precisa ser deixada de lado. Esse é um dos piores erros que o ser humano pode cometer, pois o jogo e o brincar são partes importantíssimas do homem, principalmente na pós-contemporaneidade. Digo isso em função de todo o stress vivido nos dias de hoje que pode muito bem ser minimizado com jogos sociais, onde se troca experiências com a alteridade ou mesmo os jogos eletrônicos que se constituem um momento refrescante na luta diária. 

Digam o que quiser, o jogo deve ser experienciado por todas as idades, porque além de pedagógico que se faz inerente a sua função de proporcionar conhecimentos e habilidades é também lúdico. Todos os jogos ensinam tanto a adultos quanto crianças e desenvolvem habilidades, jogo como xadrez proporciona um pensamento estratégico, já os jogos eletrônicos desenvolvem a percepção e as funções motoras.

Porque aos nerds associa-se a figura do jogo? Apesar de nerd ser um conceito estereotipado, ele fala de indivíduos ligados ao conhecimento, geralmente ciências exatas, não atraentes e que vivem para aprender. Mas preconceitos à parte o fato de sujeitos que são fascinados por conhecimento gostarem de jogos só corrobora o presente texto.

Então, porque não experimentar o prazer do jogo, do brincar pois é o momento em que as contas, as questões a serem resolvidas não importam enquanto o jogo acontece. A grande verdade é que não há nada mais infantilizado que repetir um preconceito social e aqui é aquele que diz que adulto só pensa em coisas sérias, lazer, diversão, brincar também é sério, pois trata seriamente da alta tensão emocional que a modernidade causa, enfraquecendo e porque não extinguindo.

Viva um momento de pura catarse através do jogo, das brincadeiras e lembre-se que não é só de golfe, xadrez e jogo de cartas que vive o mundo adulto, embarque nos videogames. O videogame sempre foi uma realidade virtual, hoje cada vez mais, por isso através de jogos eletrônicos representamos fúria e é permitido destruir, quebrar, tudo que não seria nada saudável no mundo real.

Finalizando, agregue mais um entretenimento a sua vida, talvez você já tenha muitos não tem importância, o jogo não vai atrapalhar nenhuma outra atividade “séria” apenas a fará ficar mais leve. E para aqueles que nunca se divertem minha receita médica de prevenção contra um possível infarto, pois repõem as energias necessárias para enfrentar as vicissitudes da vida, é o jogar.  
Margareth Sales  

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