sábado, 15 de janeiro de 2011

Porque margarethsiao?


Aviso aos navegantes, o texto a seguir é de teor evangélico-religioso, quem não se interessa por tais assuntos, favor passar adiante.

Em 1988, eu tinha 18 anos,entrei para a igreja evangélica, antes era católica, praticante. Eu briguei com Deus quando era católica, diante daqueles santos que eu odiava eu desenhei Deus e o rasguei em pedacinhos. Disse para ele: “Você nem consegue curar uma dor de dente minha, nem um dentista eu posso pagar e eu tenho que ficar aqui, nessa igreja, diante de coisas mortas, não quero saber de você”.

Devia ter uns 12 anos mais ou menos e eu me afastei conscientemente de Deus. E ouvi muitas vezes “vozes” do outro lado, como se quisesse que eu seguisse esse outro lado. Não vou falar sobre o outro lado, existe? Não responderei, não entra no escopo do que estou escrevendo. Escrevo de fé, fé pessoal, minha fé. Por isso alerto, se não quiserem me ouvir não leiam esse textos, tem vários outros no blog, a maioria sem nenhum teor religioso!

E em 1988, eu entrei para a igreja evangélica, por movimento, porque tinha gente bonita e não me sentiria mais sozinha. Teria o que fazer nos meus finais de semana, tinha 18 anos. E em fevereiro de 1989 fui ao retiro dessa igreja. E um grande poder desconhecido, uma força interior, uma paz, uma felicidade invadiu minha alma, nunca mais pude esquecer esse retiro. Não fui a frente, não levantei a mão, não disse que aceitava Jesus. Mas alguma coisa em mim havia mudado e no dia que eu voltei para casa, chorei copiosamente, como se tivesse morrendo, queria voltar para aquele retiro. Não pelas pessoas, mas por aquele poder que me fez feliz.
 
E eu continuei dentro da igreja, ai eu entendi, com uma música, cantada por um grupo chamado Mão no Arado, o nome da música: Quantos sonhos, vou reproduzí-la e comentá-la:
    Quantos sonhos eu tive no mundo
    Eu sai desse retiro assim, com uma música no coração, que reproduzia minha vida até os 18 anos e uma dúvida na cabeça. Até aquele momento eu era uma adolescente sonhadora, querendo ganhar o mundo com a emoção.
    Quantas desilusões me levaram para o fundo
    Mas aos dezoito anos as desilusões já tinham me levado para o fundo. Meu pai era alcóolatra, nunca estava sóbrio, dormia com cheiro de cachaça e chulé. O primeiro cara que me chamou para dançar me largou no meio da pista, porque eu não sabia dançar. O namorado que eu me apaixonei, eu stava com a mão enfaixada e ele disse que socaria a minha mão, pediu para eu duvidar, eu duvidei, ele socou! Eu fui embora, sabendo que não merecia isso, mas eu voltei, senti o chão abrindo, se eu desistisse daquele homem, nunca mais teria ninguém, então:   
    E o sofrimento assolava-me
    Eu sempre fui suicida em potencial, nunca em ato, e imaginava a cada momento quando teria forças para dar cabo de minha vida, porque o sofrimento me assolava. Nesse interim:
    Quantas vezes, eu perguntei por amor
    Depois daquele retiro eu comecei a perguntar por um amor diferente, por algo que não tinha conhecido, por algo que até os 18 não tinha vivido. Eu tinha experimentado o amor, mas não sentia ele dentro de mim. Então, mergulhei nos ensinamentos dentro da igreja para sentir aquele amor novamente, mas ele aparecia, porém, ela tão raro... tão difícil. E:
    Nos momentos de sofrimento e de dor
    Eu perguntava mais forte, onde estava esse amor, porque eu senti e não o tinha. Porque todos os meus dias eram solidão, dor, desespero. Eu perguntava, perguntava ao pastor, perguntava aos conselheiros, perguntava aos amigos:
    Mas ninguém me falava, eu só chorava!
    Toda essa lista, contavam-me mentiras, diziam que eu não tinha fé, que eu não tive um encontro, que o dia que eu fosse batizada com o Espírito Santo tudo mudaria. E eu fiz tudo o     que eles queriam, mas ninguém me falava a verdade e eu só chorava. E eu estava desesperada porque:
    Eu só queria saber quem é esse Deus
    Ele, Deus, havia se revelado a mim, eu sabia, mas eu não sabia quem era esse Deus. E eu queria sentir de novo, aquele sentimento do retiro e alguns poucos outros sentimentos ao longo da minha caminhada evangélica e:
    Eu só queria provar o seu amor
    Eu estava desesperada, querendo só provar desse amor. Acho que em 1993, não tenho certeza, um dia depois do meu aniversário, mudei de igreja. Uma igreja que parecia mais coerente, não era, nenhuma é. Mas essa igreja, me deu alguns caminhos, uma conselheira, pessoa maravilhosa, me disse que eu deveria ler a Bíblia. Disse que não lia porque era chata. Porém, no dia seguinte, eu dobrei os joelhos e li a Bíblia, pela primeira vez e:
    Eu só queria sentir
    Eu senti! Foi um milagre! Eu senti uma luz forte entrando pela mesma janela que vivi durante toda a minha vida, uma janela sem sentido e desesperadora, na qual eu olhava e perguntava e ninguém me falava, mas naquele dia, aquela luz entrou e eu senti. Místico? Totalmente, não sou mística e digo que não sou mística porque nessa aparente mística, Algo Real veio a mim. E nesse dia, como diz outra música eu percebi que eu era um milagre. Não porque fui um espermatozóide vencedor, teoriazinha tosca essa! Mas eu não entendia como alguém que nunca foi amada, recebeu aquela luz de amor que confirmou a primeira luz, naquele retiro de 1989 e em pequenas outras ocasiões posteriores. Eu me transformei em um milagre vivo, eu me senti viva, eu vi luz, onde antes só via trevas. E eu via, meus olhos, literalmente, pareciam cobertos de uma camada nublada. Deus respondeu minha oração de fé, nesse momento, passei a pertencer a ele, nesse momento, não precisei dizer para ninguém que Jesus era meu Senhor e Salvador, porque eu sabia que ele era. E eu pedi a Jesus:
    Toca Jesus em mim.
    E Jesus me tocou! E como passei a devorar a Bíblia, Jesus começou a me dizer coisas da minha vida, mas que estava igualzinha na Bíblia. Eu ficava espantada. Como, tudo o que eu tinha vivido estava na Bíblia? Eu ficava maravilhada, e Deus me deu Ezequiel 16:1-11 (vou comentar também):
1. Veio a mim a palavra do Senhor:
    No primeiro dia que me dispus a ler a Bíblia.
2. Filho do homem, faze conhecer a Jerusalém as suas abominações,
    Deus me mostrou meu passado.
3. e dize: Assim diz o Senhor Deus a Jerusalém: A tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus; teu pai era amorreu, e a tua mãe hetéia.
    Sou descendente de Árabes, meus avós são libanezes. Os cananeus eram a terra onde o povo hebreu tomou posse, antes era uma terra sem Deus. Deus converteu a terra, hoje é Jerusalém.
4. Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água, para tua purificação; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas.
    Nasci com o cordão umbilical em volta do pescoço, meu pai escolheu minha mãe. Se uma tivesse que morrer, seria eu!
5. Não se compadeceu de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; antes fostes lançada em pleno campo, pelo nojo de ti, no dia em que tu nasceste.
    Desde tenra infância, não fui amada pela minha família. Fui rejeitada por cada um deles, foi esnobada. Riam do meu choro e da minha dor.
6. Passando eu por ti, vi-te banhada no teu sangue, e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, disse-te: Ainda que estás no teu sangue, vive.
    Aos 18 anos, Deus “me viu” e eu tive aquele primeiro encontro, mas ainda estava suja do meu sangue (dor), mas mesmo assim Deus disse: vive! E eu vivi!
7. Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo, e cresceste e te engrandeceste, e alcançaste grande formosura. Formaram-se os teus seios e cresceu o teu cabelo; contudo estavas nua e descoberta.
    Em 1997 mais ou menos, fiz um grupo religioso de auto-ajuda aqui em casa. Foi como um renovo do campo, eu cresci e alcancei formosura aos olhos daqueles que ajudei. Ajudei uma quantidade significativa de pessoas que sofriam tal como eu. E muitos deles, hoje, sofrem menos do que eu. Mas ainda estava nua e descoberta, não tinha chegado a plenitude ao melhor de mim.
8. Passanto eu por ti, olhei e vi que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto, e cobri a tua nudez. Dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus, e tu ficaste sendo minha.
    Isso foi agora, aos 40 anos de idade. Israel andou no deserto durante 40 anos. 40 anos é um tempo simbólico significativo em muitas situações. É um tempo simbólico também de ser mulher de verdade.
9. Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo.
    Me lavar com a água de Deus e derramar amor, amor que outras pessoas vem em mim e que se chegam, alguns para roubar. Outros para contribuir. Unção com óleo é poder, poder espiritual, poder que não se vê! Porque as coisas espirituais se discernem espiritualmente. Porque sou Margareth Sião? Porque tenho a Glória de Deus em mim, porque Deus me ungiu com óleo de Sião, me deu um novo nome e me usa, quando quer para demonstrar a Glória Dele que Existe e Vive eternamente.
10. Eu te vesti de roupas bordadas e te calcei com peles de animais marinhos, e te cingi de lino fino e te cobri de seda.
    Aos 40 sou uma mulher linda. Sou linda por fora, com enfeites, roupas, calçados, com a melhor roupa e sou uma mulher linda por dentro.
11. Eu te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e um colar no teu pescoço.
    Isso é a aliança de Deus para comigo. Os homens usam aliança no dedo esquerdo para demonstrar casamento. Deus é casado comigo há muito tempo e eu não preciso ser freira para ser casada, sou filha de sião. Sou adornada de enfeites que Deus me deu, sou chamada para pregar a palavra aos que necessitam. Ninguém me toca se Deus não permitir. Já tive exemplos de eu dar brecha. Mas não posso citar o que aconteceu com esses que passaram por cima daquela que Deus ungiu! E que Deus chamou!

Resumindo, não sou um ET, não sou diferente de ninguém... Se acharem que sou um ser transcedental, leiam os meus textos, verão que não sou. Corroboro cada texto que escrevi aqui nesse blog. E corroboro esse texto aqui. Não serei só casada com Deus, Deus vai me dar um casamento de verdade, porque Deus não criou ninguém para ser só!

E escrevi esse texto porque preciso dizer a todos, e porque estava muito triste hoje, que quando confio em Deus sou ajudada e que a Salvação do Senhor tem sido tudo em minha vida. Tem uma coisa que eu gosto muito nessa terra, pensem um pouco e descobrirão o que é! Mas não gosto mais disso do que do meu Senhor Jesus Cristo, de Deus e do Espírito Santo e Creio que Jesus voltará nas nuvens. Amém!
Margareth Sales

Um comentário:

  1. Acabei de ler o texto "A ida em vão",concordo q precisamos mergulhar sem medo dentro de nós mesmos, e me reconheci na parte q fala sobre deixar de procurar o novo por acomodação...
    Adoro o blog e leio sempre q consigo achar tempo...
    Sucesso pra vc,
    abraços...

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