sábado, 13 de março de 2010

Sobre a política

Levei muito tempo para conseguir discernir o momento atual que o país vive, mas porquê? Porque estou mais cercada do senso comum do que pessoas que realmente questionam o status quo vigente, então são muitas vozes e muitas dessas vozes não possui voz alguma, talvez a única pessoa que possa ouví-las sou eu mesma. Procuro ter sempre o cuidado de não travar as vozes dos que desejam um espaço para o seu falar, isso é ótimo, é uma de minhas melhores qualidades, ouvir sem julgar, mas há um preço: às vezes ouvimos mais um bando de asneiras de situações mal refletidas ou mal vividas que você se pergunta como uma pessoa com capacidade de reflexão crítica chegou a tão despropositada idéia?
Porque em um país como o nosso nunca se privilegiou a cultura, nunca! E mais do que isso, temos um referencial histórico de opressão profunda para fazer o outro calar, de qualquer forma, mesmo que seja através da morte. Exemplo disso? Ditadura! Durante o golpe de estado, livros foram queimados, grandes pensadores foram exilados, tudo isso, para impedir que Paulo Freire falasse através da sua alfabetização de adultos, para impedir que Caetano Veloso falasse através da sua música, milhares foram calados por meio da violência física, consequentemente, a própria morte e outros foram calados através do exílio político, esses últimos pelo menos puderam voltar para fazer a parte que lhes cabia.
Mesmo assim, nossa suposta democracia não mudou... O que adiantou ser democrático, se todo uma população que viveu na época e toda uma população que não viveu, sentiu e sente seus impactos através da força opressora de tornar toda uma população muda. Parece contraditório, parece que se pode falar, mas cada um de nós, sabe que não, cada um de nós, sabe quando o olhar opressor do dominante nos manda calar e muitas vezes obedecemos?!
Posso me reportar a mim mesmo, porque vim e não sai da camada mais inferior da população, não posso nem me chamar de classe média, quem me conhece sabe, sou pobre, essa é a realidade de onde me encontro na escala de distribuição de renda... A renda desse lado aqui atrás da tela do computador é bem suada... Como estou desse lado, posso falar muito bem dele e o que tenho a falar?
Tenho a falar algumas coisas muito importantes e verdadeiras... O governo privatizou alguns órgãos públicos... o governo, aquele mesmo que nos meus 15 anos eu confiava, aquele que passou por uma luta horrível, saiu de Figueiredo, terminou a ditatura, entrou Tancredo, morreu... Entrou Sarney, depois Collor, Itamar em função do impeachmant, Fernando Henrique, todos esses para que o líder sindicalista chegasse, ele era realmente a esperança de muitos! A minha também, achava sinceramente que Lula por vir do mesmo lugar que eu faria mudanças de base no nosso país, aí ele fez... Fez algumas mudanças e eu ficava verificando se eram mudanças reais ou eram engodo, tinha sérias dúvidas, afinal não tenho mais 15 anos, passaram-se muitos anos desde essa idade até a entrada de Lula na presidência.
Mas fui amadurecendo e vendo, e estudando e tentando conhecer, não através do Jornal Nacional, esse que alguns dizem que não sei nada porque não o assisto. Bem, óbvio é que não o assisto, entre outras coisas, porque sei que é manipulado. Porém, seguindo a minha linha de raciocinio, fui observando e fui decidindo, haja vista que leva mais tempo para mim identificar um contexto político do que o que vai dentro do ser humano! Aprendi muito mais sobre psicologia do que sobre política, não que não gostasse da segunda, gosto muito porque sou um ser político, todos somos, mas me dediquei mais ao conhecimento psicológico.
Então hoje, fruto das minhas observações tenho minha posição política formada, a pessoa que tanto esperei que fosse a solução para nosso país é, e sempre foi, marionete nas mãos dos poderosos e ainda lhe fazem uma homenagem, com um filme que deixa claro que ele nunca soube o que iria fazer, foi sendo levado pela idéia dos outros. Você não vê nem no filme e nem na política real, uma decisão que veio da cabeça dele, apenas pontuações de uma acessoria que lhe serve.
Em 1985 eu pensava, caramba, Lula veio de baixo, Lula é pobre, ele vai salvar a gente, vai salvar a gente dessa miséria, com 15 anos você não pensa em cultura, você não pensa em decodificar que a grande questão de se administrar um pais ou se administrar qualquer instituição depende de conhecimento. E se você tem conhecimento você sabe onde vai meter a sua mão, onde deve meter a sua mão. Lula quando chegou em 2003, muito tempo depois do final da ditadura, não foi a solução, ele foi simplesmente fantoche na mão de um monte de gente, claro que ele foi temido no passado, ele foi temido porque ele movimentava as massas e isso é muito perigoso.
Toda política vinda das classes dominantes tem a característica de mexer sempre seus pauzinhos para que a massa não se movimente e Lula fez, exatamente, o contrário, ele movimentava as massas e a ditadura tinha medo dele, claro, só que ele movimentava as massas pelos aspecto totalmente carismático, mas ninguém tinha noção que faltava alguma coisa e o que faltava? Faltava cultura, falta conhecimento... Não é o fato de falar “errado”, porque a língua que a gente fala é a nossa língua, não há “erros” quando se fala a língua materna. Mas o fato de não conseguir usar bem a sua estrutura linguistica prova que não se buscou por todo um campo de conhecimento para decidir algo. E não podemos decidir nada em função de apenas um aspecto, tem que se decidir algo em função do todo e para isso é preciso abrir o leque de opções.
Para isso, é preciso conhecer, de sociologia a psicologia, de política a religião, porque a vida não é feita apenas de um traço, mas de vários, n circunstâncias que precisam ser vividas. Então você pega alguém que não sabe; como ele vai administrar, como vai governar? Aí, o que ele têm, acessores? Parece quando fazemos uma cola, o amigo diz: “Poxa, você não estudou não, te passo uma cola”, pronto, tá mastigadinho... Isso não é pensado, não é mudança e não causa mudança, se um acessor, uma pessoa com mais cultura como um psicólogo, um sociólogo ou algum “ólogo” qualquer ensina ao Lula, ele simplesmente passa uma situação, ele mastiga uma situação, mas ele não ensina o que é. Então não há um Estado, não há, verdadeiramente, um Estado que funcione... A realidade é que o Lula não é um grande governo, exemplo, ele não faz nada pela educação, ainda que ele dê uma bolsa família para que o aluno esteja dentro de sala de aula, os alunos vão, mas onde está a valorização do professor? Onde está uma escola de qualidade para receber esses alunos? Esses alunos, vão a escola por dinheiro, para ganhar R$ 100,00 reais por mês, eles não vão para aprender e os professores já estão desmotivados ou muda-se a educação de base ou ferra-se com a educação e a educação já está ferrada!
Assim, considero hoje a nossa política uma política de pão e circo, dá-se o mínimo e isto para a camada mais pobre, para que esta não se rebele. E olha que legal?! Ganhamos as Olimpíadas em 2016, quer dizer é muito circo e pão para o povo brasileiro não reclamar de mais nada da vida. Haja vista, que todas essas culturas de massa atraem milhares de pessoas, muitas vezes até aquelas que se encontram fora do contexto da massa, porque óbvio, num país que se paga de telefone mais de R$ 100,00, Luz em torno disso, temos água ainda, IPTU, soma-se tudo isso e se paga com o ÚNICO salário mínimo que se recebe.
Sobra o quê para o desestresse? Para curtir um pouco a vida? A Rede Globo de Televisão que já se encontra no pacote de impostos que cada cidadão paga. Por tudo isso a gente se cala, quem vem de baixo aprendeu a ficar calado diante da prepotência do dominante, temos medo do governo, temos medo de ser massacrados pela Ampla que cobra um absurdo de conta de luz, temos medo da Oi, em ultrapassar nossos limites de crédito e aparecer uma conta que não podemos pagar. E a gente tem medo porque acontece, porque todo pobre já foi vítima de alguma conta absurda que arrepia até os cabelinhos da alma (se alma tivesse cabelinhos). Ai temos que correr atrás de um advogado público numa fila imensa para conseguir processar a organização que tenta nos lesar. Assim, ocupando horas do nosso dia e tempo é dinheiro e dinheiro serve para pagar a conta que extrapolaram, e olha que todas as empresas citadas, tentam nos lesar!
Pobre é assim mesmo, bichinho acuado com medo de tudo. Mas porque na realidade quis falar sobre esse tema, afinal de contas o enfoque do meu blog é um enfoque comportamentalista, não político? Porque vou falar de sentimentos, sentimentos vividos essa semana, onde ouvi de alguém, vamos dizer, alguém maior do que eu. Porque maior? Maior num sentido estritamente social... Maior porque já trabalhou muito mais do que eu na vida, já tem a vida estabilizada, todo mês com certeza o salário da pessoa chegará certinho... Eu não, eu sou menor, amadureci tarde; fiz tudo que eu queria fazer cedo, muitos anos mais tarde, não conto com nenhum salário fixo todo o mês, mas com a força do meu trabalho.
Mas essa pessoa me humilhou ao questionar a forma como eu tento conseguir as coisas e que forma é essa? Através de indicação, eu ouvi que eu deveria ir pelos meios institucionais e eu fiquei calada, submissa, como todo pobre sabe fazer muito bem! Só vinha dentro de mim frases do tipo: “você está errada, fez tudo pelo caminho errado!” Bem, minha resposta agora, depois de dias que se passaram é: o caminho que escolhi foi o caminho que representantes da classe social da pessoa me ensinaram, nunca aprendi outro caminho...
E é esse que tem funcionado... Agora vem alguém de cima, de um dos melhores bairros do nosso país dizer que sempre optou pelos meios institucionais, porque me tratar como se eu realmente não tivesse vivido tempo suficiente dentro dessa Terra, especificamente dentro do meu município para saber o que funciona ou não?! Porque provavelmente o dentista que precisava tinha, o médico que precisava também, daí é muito fácil dizer que as coisas funcionam... Quero saber onde as coisas funcionam porque mudo para lá!
Finalizando, só o que eu lamento é que era mais pobre ainda do que sou hoje e que por isso deixo me humilharem por questões que eu nem mesma criei, já estavam aí antes de eu chegar e ainda apontam caminhos... Bem, eu trocaria de vida, se pudesse, e munido da minha estória quero ver se essa pessoa que tem uma visão tão esclarecida das coisas, ou seja, é tão certinha, queria realmente ver como ou para onde essa, levaria minha vida... Uma coisa garanto, não faria melhor do que eu fiz! A frase que termino não é que é muito fácil falar, mas que é muito fácil FAZER CALAR. Quero ver competência para ouvir e entender!
Margareth Sales

6 comentários:

  1. Concordo plenamente com cada tema abordado durante o texto, não só por defender as mesmas idéias, mas por também ser uma vítima das mesmas situações. Já tive 15 anos (a quase 3 anos atrás), e sabe qual é a maior amargura de estar quese fazendo 18? Que meu voto será obrigatório e provavelmente ele não mudará meu país. Indignações? Tenho muitas, tanto quanto tenho desgosto, mais ainda pela desvalorização da minha futura profissão.Vou me tornar uma professora, e vou dizer a verdade, já estou desanimada. Mas ainda me resta a esperança, ainda que fraca, de tentar mudar meu país com o pouco de força de vontade que tenho. Bem mudar sei que não vai, mas se eu puder acresentar alco às minhas crianças, isso já me será de grande valia, por que eu não sou o futuro da nação, mas os meus pequeninos, esses sim serão. (Rachel Nery - curso pedagógico do Clélia Nanci, SG.)

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  2. Uma frase classica 'o povo tem o governo que merece" aí é muito facil culpar os governantes, se vc perguntar a dez de seus amigos em quem ele votou na ultima eleição provavelmente ele só se lembrarar do presidente, prefeito e o governador, se ele souber em quem votou no legislativo e vc perguntar se ele acompanha o seu candidato, os projetos, as faltas dele na sessão, se vc telefona pro gabinete dele, se ao menos manda um E-mail pra ele... aí posso dizer que 99,99% ñ fazem,ai o que fazemos? culpamos o Presidente o governador etc... é o mesmo que vc ter um comércio e colocar um gerente pra tomar conta e ñ vai lá pra ver se ele foi trabalhar se seu comercio deu dinheiro a prestações de contas o que vendeu ... alguem faz isso ? NÂO mas com o politico é justamente o que fazemos .o legislativo faz as leis fiscaliza o executivo e se vc tem um legislativo fraco corrupto cheio de pessoas comprometidas com eles mesmos,foram nós que colocamos lá e o que acontece o executivo tem que negociar com eles, pois eles que vão aprovar as proposta do governo, o governo ñ manda propõe e vai em votação, e é com esses corruptos,empresários grande latifundiários, bandidos etc... (que nós colocamos lá)que o executivo tem que negociar e ai eles vão querer:cargos, mensalão etc... e o executivo tem fazer vista grossa se ñ não governa, todo mundo fala mal dos politicos que levam vantagem e fazem algo ilicito mas nós quando temos oportunidade fazemos o mesmo que eles,em proporção menor ( pois ñ temos o cargo deles) tal como: comprando pirataria, baixando musica e filmes pela net, fazendo um "gato" na luz, gato net, subornando um guarda emfim faço uma lista de dez paginas de coisas que a maioria de nós fazemos aí ficamos criticando a classe politica. O presidente ñ é magico o país ta nessa bagunça des da época do império e ñ sera o Lula que vai dar geito e nem o proximo presidente, mas uma coisa eu tenho certeza o pais tá no caminho certo é nitida as mudanças nunca se prendeu tantas pessoas poderosas, mesmo que por pouco tempo,policia federal com toda liberdade pra trablhar, esquemas e mais esquemas de fraudes descobertos, o povo com mais conforto, mais comida na mesa, acesso a informação,nunca se vendeu tanto carro,computador celulares etc...falta cultura sim mas eu consigo ver otimas peças a r$ 3,00 no sesc a R$ 1,00 no teatros do centro do rio, temos os museus, shows de graça em praças prais etc... temos o carnaval,nunca o cinema brasileiro produsiu tantos filmes e filmes bons, temos capoeira a cultura popular etc... se agente quiser e procura vc compra o jornal sexta feira e verá um monte de eventos gratuitos ou com preços bem baixinhos para ir ou seja se procurar acha. em fim tem muito a ser feito em todas as areas: saúde, educação,ecologia etc... mais como já disse está no caminho certo o que falta e maior comprometimento do povo com o pais (como na ditadura)e para com o proximo.
    obrigado
    Eberty Pinheiro

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  3. Os governos de Lula deixam como legado o aumento da classe C (classe agora majoritária) e uma proposta mais fundamentada de crescimento econômico.
    Lula se elege amliando o discurso para seduzir os poderosos. esse discurso foi a garantia das tênues mudanças e do distanciamento das linhas mais a esquerda - isso fica claro quando vemos a atuação da principal corrente interna do PT (a Articulação).
    Pra conseguir a governabilidade o PT teve que se aliar ao PMDB para garantir uma maioria no congresso. Isso fatalmente traria modificações nos planos originais. Se aliar é fazer concessões.
    Esses fatores, somados a outros, determina esse acanhamento político do governo petista. Estamos frustrados, pois, todos esperavam mais de um cara que carregava todo um conjunto de esperanças acumuladas durante anos.
    Mas o erro foi nosso. Com a vitória de Lula e do PT muitos movimentos sociais foram aparelhados pelo governo ou resolveram tomar a posição de espera. Isso foi um erro infantil. Deveríamos ter ido para as ruas e mostrar a direção das nossas esperanças.
    Aguardar do Lula. De um governante que a muito desistia de suas idéias originais foi infantilidade.
    Não coloco capa de super-herói em ninguém. Esse deveria ser o pensamento reinante na mente de todos que o elegeram (e dos que votaram em outros).
    Com a pressão popular adequada podemos mudar a direção do leme de qualquer sociedade.
    Dilma? Serra? Ciro? M. Silva? Temos que pensar friamente no voto e esquentar as ruas. Essa é resposta!!!

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  4. Vamos lá. o seu texto é bastante amplo, tratando de uma grande variedade de questões, as quais tentarei dar uma contribuição.
    Bem o primeiro ponto a se esclarecer é que quando se fala em política você sempre esta falando da luta de frações das classes dominantes (empresários industriais, donos de agronegócio, exportadores, etc.) cada uma tentando impor um determinado projeto politico a toda a sociedade. Nesse confronto de forças essas frações tem ainda de levar em conta as reivindicações das classes subalternas (os trabalhadores em geral). Dentre essas reivindicações estão a legislação social e o direito de participar das decisões que afetam a coletividade através do direito de votar e ser votado. Portanto, nunca podemos perder de vista esta constatação: o Estado é um campo de batalha das classes dominantes, instrumento para a dominação das classes subalternas e ainda o resultado do jogo de força dessas lutas.
    A partir do que foi dito é possível percebermos o quanto é infrutífero esperar que surja um individuo salvador que entre no meio desse campo de batalha dos poderosos e resolva todos os problemas dos oprimidos, mesmo que este individuo seja também das classes subalternas e esteja a par das sua carências. O máximo que podemos esperar é algumas medidas (como o bolsa família citado por você) e pequenas reformas (sim reformas!) como a luta atual no congresso pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. No entanto, esses pequenos avanços em prol dos trabalhadores ou são fruto de negociações onde há sempre uma compensação aos setores dominantes(como fatalmente deve ocorrer caso haja a aprovação da redução da jornada de trabalho), ou são as migalhas que caem da mesa dos poderosos (como é o caso do bolsa família).
    [cont.]

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  5. Com relação a questão dos assessores, permita-me discordar de você. O número de questões que um presidente da República deve dedicar sua atenção são os mais variados possíveis e é impossível que um individuo, por mais preparado que seja, conheça profundamente sobre Saúde, educação, segurança pública, ciência e tecnologia, minas e energia, cultura, cidades, economia, planejamento, entre outras áreas (citei apenas os principais ministérios que me passaram pela cabeça). É por essa razão que se deve delegar certas responsabilidades a Ministros, secretários e ainda consultar assessores. Não esperemos demais do pobre ex-operário!

    Um ponto o qual eu estou de acordo com você é a questão do fazer calar. Todos aqueles que denunciaram as injustiças do atual arranjo social (o qual tem por obsessão a busca pelo lucro) foram silenciados, sejam os socialistas/comunistas no período da ditadura, sejam os anarquistas durante as primeiras década do século passado, sejam os movimentos sociais atuais como o MST, e o Greenpeace. No entanto, hoje em dia os poderosos dispõem de meios mais sutis para dividir
    e desacreditar tais movimentos contestatórios da irracionalidade capitalista: os meios de comunicação, como a Globo citada por você. Diariamente recebemos informações distorcidas através de espetaculares recursos de edição de imagem e dos discursos dos ditos “especialistas” (Miriam Leitão, Renato Machado, Alexandre Garcia, Ricardo Boechat, Bóris Casoy, só para citar os mais conhecidos) que seguem direitinho a cartilha liberal ditada por seu superiores. Sem nenhum exagero receber as informações desses meios de comunicação é receber uma verdadeira doutrinação dos ideais liberais pregados pelos poderosos e que em nada contribuem para a melhora da vida das pessoas simples. O livre comércio e o Estado mínimo só interessam de fato a parcela dos poderosos. O problema é que são eles que mandam neste país.
    [cont.]

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  6. O ultimo ponto que eu gostaria de comentar do seu texto é sobre fazer uso ou não de relações pessoais para se conseguir um determinado objetivo. Na boa, sei o quanto é importante nesse país o fato de você ter um Qi (Quem indica) e que a cultura das relações pessoais está entranhada em áreas onde deveria haver imparcialidade por parte funcionários (seja no funcionalismo público seja no interior das empresas privadas). Nada contra quem usa tais artifícios para alcançar seus objetivos, afinal de contas, essa cultura é anterior a qualquer um de nós, ou seja nós não a criamos. Acredito inclusive que ela é um importante meio de sobrevivência para alguns indivíduos e que somos até induzidos a praticá-la (se todo mundo faz porque eu não?). No entanto, devemos admitir que adotarmos tais práticas não contribui para que elas acabem, e que se em um dado momento somos agraciadas com elas (por exemplo quando um amigo lhe indica para uma vaga de trabalho) em outros momentos somos prejudicados por ela (quando por exemplo um chefe deixa de lhe promover em favor de um apadrinhado dele). Portanto, acredito que o melhor é não recorremos a tais práticas e trabalharmos para conseguir as coisas por mérito próprio.

    Um abraço para a blogueira e parabéns pelo texto.
    Walter.

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